Em dias de pregação de tolerância
e respeito às individualidades, não é difícil se perceber que o discurso
encampa uma facilidade que a realidade desmente. Aceita-se o outro até onde
aquilo que ele faz não nos atinge de algum modo (ainda que indiretamente) e,
ofendidos que viemos a ser nas nossas particularidades, logo nos apressamos a
apontar-lhe erros que, ao refletirmos serenamente, logo concluímos que ele não tem.
Aliás, me parece que nisso também está amadurecer. Experenciar aquilo que se nos vem, como um caminho pra entendermos que sempre há o que aprender sobre nós mesmos. Muitas vezes pelo outro.
Aliás, me parece que nisso também está amadurecer. Experenciar aquilo que se nos vem, como um caminho pra entendermos que sempre há o que aprender sobre nós mesmos. Muitas vezes pelo outro.
Mas o assunto é escolha. E escolher é viver. E viver, por sua vez, também é escolher. Sempre (e quero
crer que não há dúvida que não há outra forma de viver e que até não escolher é
uma escolha). Escolher, por sua vez, é perder algo sempre (ao menos
matematicamente, na medida em que se há o que se escolher, opta-se pelo um em
detrimento de todos outros). Mas quando se escolhe em busca do acerto, com base
naquilo que quer, na fé que tem, na esperança e no que acredita, escolher vira
apenas exercício de ser dono das circunstâncias que nos fazem livres para
sermos responsáveis pela nossa própria forma de ser.
E é, então, que aquele que diz
sim ou não, que faz ou evita, que busca ou desiste, cala ou diz, não se faz mais ou menos certo
quando escolhe um ou outro: faz-se apenas a si. A quem é e quem pretende ser.
Logo, não é dado que lhe julguemos porque nossa expectativa é frustrada diante
da escolha que apenas ele poderia fazer por si, porque só quem escolhe o que
será a sua vida é que sabe o quanto lhe urge viver. Só quem sente na pele é
quem sabe. Só ele é que pode dizer. Mas não precisa.
Escolher é ato sublime. E não é fácil. Muitas vezes dói. Em outras tantas, causa dor (e muitas vezes hesitamos a escolha que queremos por medo da dor que sabemos que causaremos). Quem escolhe merece respeito porque escolheu viver. Escolhe ser quem é e quem se faz e não quem é feito pelo mundo que lhe molde. Escolhe ser quem vive ao invés de ser quem é vivido. Escolheu não ser apenas quem se contenta, mas quem sabe o que quer e não se aquieta antes que alcance. O resto aceita...
Escolher é ato sublime. E não é fácil. Muitas vezes dói. Em outras tantas, causa dor (e muitas vezes hesitamos a escolha que queremos por medo da dor que sabemos que causaremos). Quem escolhe merece respeito porque escolheu viver. Escolhe ser quem é e quem se faz e não quem é feito pelo mundo que lhe molde. Escolhe ser quem vive ao invés de ser quem é vivido. Escolheu não ser apenas quem se contenta, mas quem sabe o que quer e não se aquieta antes que alcance. O resto aceita...