sexta-feira, 25 de setembro de 2009

VIDA... linda, alegre e triste vida




AH! A VIDA...


Se a arte mostra a vida como ela é, basta apreciarmos a arte que vemos para que concluamos que não há arte no mundo capaz de mostrar a vida como, de fato, a vida é.
Não há roteiro de cinema, não há peça de teatro, não há folhetim novelesco, dança ou ficção que sintetizem nas poucas horas em que se mostra, se apresentam ou se lêem, as várias vidas que são vividas em uma única vida.
Nem se é possível imaginar que houvesse criatividade no mundo a ponto de traçar os diferentes destinos, das diferentes pessoas que vivem em diferentes lugares.
Você acorda pela manhã e não imagina que até o fim do dia poderá passar por você o amor da sua vida e você não lhe dirá sequer bom dia.
Você faz planos para um futuro longo, sem contar que a qualquer momento surgirá quem te virará o mundo em um segundo e fará com que teu certo seja imediatamente o errado.
Vive anos para encontrar o que dará sentido a tudo que você já viveu e fará supérfluo muito do que já é passado.
Em um cruzamento de sinal ou no corredor de um shopping, em um balcão de bar ou na mesa de um restaurante, o novo futuro pode estar perto, mas por não combinar com o presente, o futuro só se mostrará amanhã.
Parece a história de muitos filmes e de várias novelas? Eles copiam aquilo que é a vida, mas diferente: neles o autor desenha o caminho dos personagens que se cruzam como se uma grande cidade não passasse de um pequeno bairro em que todos participam de um mesmo meio, não importa se suburbanos, pobres ou ricos.
A beleza da vida naquilo que ela tem de mais belo é que ninguém desenha nada e por mais que se tente planejar cada passo, essa mesma vida resolve complicar de um tudo para que o que se tenha seja o imprevisto de um dia porvir.
E que não se diga que viver não é preciso, porque viver por si só é delicioso... as dúvidas fazem do futuro um anseio assustador. Claro que há os que apostam no sobrenatural como regente da boa sorte, mas até esses usam desse medo para que tudo se faça mais interessante.
E, se já não bastasse, a vida é curta e finita. Tende sempre a acabar na melhor parte.
É preciso então que se reúnam as forças para que toda a vida seja feita das melhores partes: a alegria do reencontro, a delícia de um novo beijo... a calma de um amor intenso.
Vida tão bonita quando não vivida sozinha, mas entregue ao objetivo maior de se viver essa vida como ela é: a eterna busca pela felicidade querida, apesar de muitas vezes sofrida, mas na certeza de que é ela a nossa única vida.

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