O Trovante se presta a ser um blog tão abusado como seu autor que chega ao ponto de se classificar como advogado, professor universitário, músico e poeta sem que necessariamente seja (em qualidade) qualquer desses. Mas já que aqui se está, que aqui se faça e que surja os que se interessem a acompanhar o que aqui se tem feito... Bem-vindos ao fantástico mundo de Trovante
sábado, 31 de dezembro de 2011
O que eu aprendi com 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
A quem tinha acabado de chegar...
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Pode ser mais. Mas sabe menos!
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
É tudo uma questão de fazer (se esperar, não acontece)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011
A tua história é escrita por você (e a minha é escrita por mim) e mais ninguém!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Minhas impressões 03 dias após o acidente...
Jantei porque não tinha almoçado, falava com meu pai sobre o vídeo do Kibeloco onde imitam a Dilma, coloquei a camiseta e lembro que estava de frente pro espelho arrumando o cabelo, minha irmã brinca: tá se achando só porque está magrinho. Respondo alguma coisa, faço alguma graça, pego minha bolsa, falo tchau. Entro no carro, coloco o nome do vídeo e mando pro meu pai por mensagem pra ele acessar.
Trinta minutos depois estou eu ligando pra eles pra dizer que tinha acabado de capotar o carro...
Eles estavam aqui em casa, tranquilos, assistindo TV; eu estava chegando em Cacoal. Faltava menos de 5 minutos pra eu estar na UNESC. e, num segundo, eu poderia nem estar aqui escrevendo.
Tem hora que parece que não aconteceu, que foi um sonho... e daí, tendo flertado com a morte, é inevitável que eu me confronte com a parte espiritual da coisa. Ora, para mim, o que eu aprendi e o que eu interpretei são verdades. Muito do que está na bíblia é o que eu acredito que seja. E se eu tivesse morrido, qual será que teria sido o meu destino para além dessa vida?
Eu que às vezes blasfemo tanto. Eu que tantas vezes desmereci tanto o que soava mais religioso.
Partindo do pressuposto de que o que ouvi desde que nasci é verdadeiro, grande parte do que fiz foi mau.
Complexo? Muito. Acho que é essa complexidade que está me atingindo a alma.
Na madrugada de anteontem eu fiquei cerca de uma hora ajoelhado no quarto fazendo oração. Fazia muito tempo que eu não tomava esse tipo de atitude.
Estava tentando entender o porquê eu tinha que passar por isso. Por que eu saí vivo? Qual o propósito pra que eu tivesse pedido por misericórdia e esse socorro me viesse de pronto?
Por que, tendo tanto lugar pra cair, o carro foi cair exatamente na valeta que impediu que o teto me espremesse e, ainda, com o espaço para que eu saísse pela janela no chão e não na valeta que era funda até
Ou seja, o carro caiu exatamente onde tinha que ter caído. Quando eu me arrastei pra fora, era tanto mato, que eu não sabia pra onde eu ia e, pela profundidade da valeta, eu poderia ter caído mais fundo e me machucado de um jeito sério.
Em 2002 quando um pit bull me atacou e "tentou" me matar, eu lembro que gritava de susto e tudo mais, mas em momento algum - por mais que naquela época pregasse isso na igreja - pedi algo do tipo: Deus, me ajude!
Fiquei durante esses 09 anos com isso na cabeça: que se eu me visse em qualquer situação de perigo, eu não faria outra coisa que não fosse pedir que Deus me ajudasse (como que se eu tivesse ficado constrangido por ter me esquecido de Deus naquele momento e só sentido o medo).
Quando eu vi que tinha perdido o controle do carro e que o pneu direito bateu na mureta e o carro rodou, eu só tive tempo de gritar: Deus, tem misericórdia de mim! E Ele teve
Cumpriu-se justamente o que está lá no salmo 91: Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.Acho que faz umas 68 horas que estou pensando em tudo isso. Minha cabeça está rodando....
Mais de uma vida? Não. Para mim não. Eu só tenho essa.
Depois que eu morrer será o momento em que eu prestarei as minhas contas e, se eu tive essa chance de continuar ao invés de já ir direto prestar essas contas, há algum propósito nisso e não deve ser só eu aprender a valorizar a minha vida.
Acredito, sim, que muitos dos alunos e pessoas do meu facebook que leram meu relato de como foi tudo e que viram as fotos, não conseguem não pensar que Deus cuidou de mim. E, não sei, mas pode ser uma forma dEle falar: lembra quando você ainda era criança e falava de mim? Então, não era pra parar. Se você sabe falar, fala e não te cala!
E não é que eu esteja me sentindo devedor hoje, depois do que aconteceu. Essa é uma sensação eu já venho sentindo há alguns anos. Daí a impressão de que o que aconteceu segunda-feira foi “A“ sacudida, entende?
Estou querendo crer que as coisas se esclarecerão aos poucos.
Eu não acho que eu dei sorte, antes, acho que Deus cuidou de mim e houve foi o que se chama de milagre. Se eu tive essa prova de que Deus está cuidando de mim, eu não tenho porque não conseguir dormir. Faço como diz no salmo 4; 8: Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.Sempre tento não levar nada a ferro e fogo; tento sempre racionalizar o máximo. Mas o que eu sei é que as obras são importantes, mas não são o que há de mais importante dentro daquilo que me foi ensinado e que eu acredito.
O primeiro e mais importante é acreditar que, de fato, "Deus amou ao mundo de uma tal maneira que enviou seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".Nessa sequência, vem o fato do que disse Isaías: “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz”. (esse povo são todos aqueles que não são os judeus. Foi para os não judeus que veio Jesus)
O importante é lembrar que a boa nova que é o Evangelho não são as palavras ditas por Jesus; não são os ensinamentos de jesus. A boa nova do evangelho é o fato de que ele, Jesus, tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Assim, a boa nova do evangelho, não é o sermão da montanha ou a parábola do filho pródigo ou a dos dez talentos. A boa nova do Evangelho é que Jesus morreu para que na pureza do seu sangue os pecados do mundo fossem perdoados, mas que a morte não lhe derrotou, antes, ao terceiro dia ele ressuscitou e, em seu nome, (nome de quem venceu o mundo) todos se achegarão verdadeiramente a Deus.
O que eu aprendi, é que não importa quão boas sejam as tuas obras, o mais importante é que você reconheça que houve esse sacrifício e seja grato por ele. Essa é a boa nova desse evangelho que, pelo que me foi ensinado ainda criança, deve ser levado a todos quanto for possível.
Agora, é claro que de nada adiantaria você se dizer agradecido a esse sacrifício, sendo indiferente às necessidades do próximo e despreocupado em fazer o bem que você pode fazer. Tudo é importante.
Mas qual é a minha parte nisso tudo?
sábado, 24 de setembro de 2011
Como nos filmes...
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
DESCONSOLO
Há certas palavras que cortam. Machucam. Sangram.
Há palavras que são escritas como que com sangue. Palavras, versos, frases e orações que carregam no seu fluir a dor de quem as escreve sem que finja que é dor a dor que sente.
Essas palavras, escritas no sangue que as fazem ainda mais fortes, correm como correnteza. Esvaem-se pelos pulsos cortados e enquanto vão atingindo o chão onde não deveriam estar, levam consigo toda a luz – se é que alguma luz há – , restando só o negro que se ficou.
Por tantas vezes é tanto o sangue que sangra nas palavras, que o que parece cheio de vida se mostra morto por dentro. Está morto só que ninguém vê.
Não há olhos que perscrutem o íntimo dos que sofrem. Não há ouvido que ouça o lamuriar silencioso daqueles que sentem que o que já foram jamais tornarão a ser.
À medida que o sangue corre e faz as palavras, o corpo inerte e vazio é tomado de escuridão. Não há peito que bata como já bateu; não há choro que corra como já correu. Não há mais ela, não há mais eu.
Se é que foi como tinha que ter sido, onde estará quem escreveu essa história que, calado, não surge pra dizer se ainda existe ou se acabou?
Onde havia um coração que pulsava há no máximo um músculo inerte. Se os olhos ainda piscam é a teimosia de quem não repara que o sangue que correu terminou seu curso e não voltará para onde veio e não mais virá para fazer viver.
De tudo que se foi, a dor ainda fica. Tivesse ido - e deveria ter ido - não haveria mais dor. Mas há dor. E dói. Sempre dói.
Olha-se pra dentro e é tudo negro. Tudo é nada!
As palavras que sangram (escritas do sangue que sangrou) ficam. Quem vai foi quem as escreveu. É ele quem encerra uma história, sua história, tantas histórias... mas não, ele ainda não morreu!
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Corinthians 101 Anos: Minha Vida, Minha História, Meu Amor

quarta-feira, 6 de julho de 2011
"O Imponderável da Vida"

terça-feira, 10 de maio de 2011
AS GLÓRIAS DOS QUE NUNCA AS TIVERAM

sexta-feira, 6 de maio de 2011
Bin Laden e o Sebastianismo - Texto do Bernardo
Don Sebastião I (1554-1578) foi o décimo sexto Rei de Portugal e desapareceu lutando na batalha de Alcácer-Quibir, no norte da África, em 1578. Como seu corpo nunca foi efetivamente encontrado, havendo relatos discordantes de possíveis visões posteriores do monarca, criou-se em torno de sua morte um mito – o Sebastianismo - segundo o qual o Rei não teria morrido e retornaria como um messias para salvar o povo português.
Osama Bin Laden (1957-2011), terrorista saudita, fundador e líder da rede terrorista al qaeda, foi o mentor do atentado contra as torres gêmeas, em Nova York, em setembro de 2001, dando início à chamada ‘guerra contra o terror’, tornando-se o inimigo público número 1 do século XXI. Um dos homens mais procurados do mundo, foi morto por tropas estadunidenses em uma mansão no Paquistão no último domingo.
Mesmo que aparentemente não se aviste semelhança entre os dois, a incerteza quanto ao destino de seus corpos pode causar efeito parecido. Os Estados Unidos optaram por jogar ao mar o corpo de Osama Bin Laden, num sepultamento simbólico, mesmo que injustificado. Ou seja, ninguém viu nem verá o cadáver.
Assim como o povo Português teve no mito criado em torno de Don Sebastião um mártir, capaz de, em seu retorno, significar o salvador de Portugal, país que se via sem autoconfiança, diante de derrotas que poderiam redundar na perda de sua soberania, alguns extremistas do islã, sobretudo talibãs, podem enxergar num Osama Bin Laden sem corpo, sem sepultamento, sem imagens que comprovem sua morte, um novo Don Sebastião, eventual messias, apto a, em sua volta, salvar a causa islâmica em sua eterna luta conta a sociedade judaico-cristã ocidental. O próprio Bin Laden chegou a afirmar que poucos como ele haviam sido enviados por Alá para se tornarem mártires. Os EUA parecem estar querendo fomentar a “dádiva”.
O Sebastianismo português tem inúmeros simpatizantes, havendo se espalhado inclusive em outros países colonizados por Portugal, como é o caso do Brasil. Radicais islâmicos, seguidores ou simpatizantes da causa de Osama, existem aos milhões pelo mundo, até mesmo no Brasil.
As conseqüências do patrocínio estadunidense ao Sebastianismo de Osama Bin Laden só poderão ser conhecidas no futuro. Mas é sabido que o ser humano é pródigo em criar mitos. Ainda mais com um fomento desses.
Bernardo Schmidt Penna é advogado, mestre em Direito e coordenador do curso de Direito da UNESC.
Nota do blog: a medida que o dia amanhecia no Brasil, a Al-Qaeda confirmou a morte de Osama Bin Laden.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Divagações

E que haja sonho, querer, desejo... tudo o que faz com que haja vida e graça em estar vivo. Mas vivo sempre! E desde que fazendo a vida, vivendo os dias e sendo feliz, ao menos pelo tempo necessário para recomeçar.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Nem tudo começa como termina

Quando faltam palavras, use Drummond

Contrariando minha contrariedade

domingo, 3 de abril de 2011
Textos que não escrevi - Parte IV
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Aviso aos Navegantes
A vida não para de viver - parte I

O dito popular ensina a pensar duas vezes antes de agir. A música do grande compositor dá o “Bom Conselho” de agir duas vezes antes de pensar.
Será que a vida segue um padrão? Será que segue uma receita já há muito definida? Ou essa vida, nossa vida, é vivida no improviso? É vivida no ato em que se torna urgente viver...?
Independente do que se escolha, se pensar ou agir, se aguardar ou viver, se fazer ou esperar que aconteça, seja o que for a verdade é uma só: a vida não para de viver.
A vida não espera ainda que nós esperemos na vida.
E pra piorar (ou não), nós somos a consequência de nós mesmos. Não há sucesso de que o responsável não sejamos nós. Mas também não há fracasso em que a culpa não seja nossa.
A vida é recheada de medos. O medo é bom. Muitas vezes o medo mantém vivo. Mas não se pode ser refém desse medo.
Uma vida mais ou menos não vale mais do que uma vida não vivida, mas vale muito menos que uma vida de quem se permitiu viver, de quem não temeu se lançar ao que os dias tinham pra oferecer.
De que importa se esforçar para ser aceito por quem te cerca e, para isso, deixar de ser quem você é e se tornar quem esperam que você seja?
A vida é única e uma. E não é justo, para conosco, que queiramos achar no outro a aprovação para aquilo que somos nós. E não é justo, para com os outros, que queiramos parecer para eles, justamente aquilo que não somos. Se formos o melhor daquilo que temos que ser, seremos também o melhor que teremos pra oferecer.
Mas não pense muito no que ser. Está na hora de viver, porque a vida, a vida não para de viver.
Que tal esse mundo?

E que tal esse mundo em que juízes são exonerados por darem sua opinião ou por cantarem uma mulher na sorveteria? Aliás, quanto a isso, nunca ouvi motivo mais absurdo. Perdoem-me os moralistas, mas o mundo anda pra frente...
Que tal esse mundo em que o Partido dos Trabalhadores vota contra os Trabalhadores, dá um aumento (?!) no salário mínimo pífio e ainda se vale de uma manobra jurídica pra governar por decreto (sim, porque o aumento do salário é só o começo).
Esse mundo em que o Brasil elege uma presidente que até parecia que ia bem, mas que, ao que tudo indica, tem a mesma aversão à democracia que os seus vizinhos do sul. Esses mesmos que, aparentemente como ela, criticam americanos do norte por seu imperialismo, mas que gostam de governar como se fossem Imperadores.
Que tal esse mundo em que os alunos se assustam quando a gente fala de BBB durante a aula?
Que tal um mundo onde o Restart existe e não é só uma opção do video-game?
Que tal um mundo em que o Luan Santana é galã e o Fiuk se acha músico?
Um mundo em que a geração atual se quer mais careta do que todas as outras que tiveram que morrer pra mostrar que é pra frente que se vive e fazendo a revolução, que tal? Jovens que querem passar num concurso, casar e ter filhos, quando estão na idade de contestar até o que está certo, se rebelar com o que já há e criar o que seja o legado deles.
Que tal um mundo que a juventude não deixará qualquer legado, mas que quase não se saberá que passou por aqui?
Um mundo em que o novo realmente não vem mais. E não somos nós que simplesmente amamos o passado...
Que tal um mundo em que quando as pessoas se revoltam contra um ditador tirano todos nós aplaudimos como se fosse a exceção, quando o inconformismo teria que ser a regra na luta contra tudo que não é bom?
Que tal esse mundo?
Esse mundo é nosso mundo, feito por eu e você.
Péssimo pra nós.
Mais que nada

Ela se faz ausente (e a mim descrente)
Pendente que se sente meu peito
De um sorriso nesses meus dias
Em que me sinto refém nesse meu desatino.
Os dias que me veem são tudo menos leves
A mais suave pluma me pesa como o mundo à Atlas
E tudo que invisto não é mais do que o próximo fracasso
[de amanhã.
Se me veem certezas elas logos se mostram erradas
E quando me acostumo à companhia do erro
Mesmo ele se me ri
Naufragado que me mostro na mais mansa água.
O coração que quer sorrir é aquele mesmo que só chora
O sorriso que não se abre, faz-se por mais distante a cada nova meia-hora
E a companhia boa que me era antes é só a lembrança de um momento de outrora.
Não me há mais nada, como tampouco me há pra mim.
Na maior parte do tempo sou pouco menos do que nada.
E tudo que nunca fui me açoita na lembrança de que teria sido.
Se fosse um pouco mais do que jamais virei a ser.
Na maior parte do tempo, meu coração sangra de uma punhalada
[que quem me deu fui eu.
Músicas que gosto - Parte III
Nessa ideia de fazer a sessão “Músicas que eu gosto”, poderia ficar semanas e mais semanas só escrevendo sobre as músicas de Chico Buarque. Não escondo de ninguém que ele pra mim é o melhor de todos (nunca coloco Vinícius de Moraes em comparação com ninguém porque ele foi o maior de todos).
São várias e muitas as músicas de Chico que gosto e tenho dificuldade em falar qual ou quais as que gosto eu mais.
Mas essa música em questão tem estado em todas as listas e, provavelmente até seja a que mais me encanta (ou não).
É de um lirismo que não poderia ter outro piano a criar sua melodia que não fosse o de Tom Jobim.
Nessa canção há, seguramente, a metáfora mais bonita que eu já ouvi (ou mesmo dentre as que eu li): “se na bagunça do teu coração, meu sangue errou de veia e se perdeu”.
Que desejo mais intenso que o desses amantes que se embolam num bem-querer que acontece e enquanto se acontecem um para o outro, redefinem a ideia de se fazerem um só.
Esses amantes que vivem o mais intenso de um amor feito em desejo, que perdem a noção da hora quando juntos e se veem sem sentido quando longe. E que mesmo depois do adeus, sabem que se chamam para si.
Mas agora, mais Chico e menos eu.
Eu Te Amo
Composição: Tom Jobim / Chico Buarque
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.