
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ? E agora, você ? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama protesta, e agora, José ?
(...)
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas,Minas não há mais. José, e agora ?
(...)
sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José ! José, pra onde ?
3 comentários:
E quando Drumond não cala as dores ...vale Claricear ! Um abraço.
Realmente... Drummond tinha essa capacidade; faltando palavras, não há nada melhor do que parafrasear Drummond... mas, tem uma frase do Albert Einstein que também preenche com maestria o silêncio:“NADA ACONTECE POR ACASO, DEUS NÃO JOGA DADOS COM O UNIVERSO”, aliás, quando faltam palavras o silêncio chega ser ensurdecedor!!!
Isso é o que faz da literatura e da poesia ser o que são. As palavras do poeta não são dele, são de todos, por isso são eternas, universais, anacrônicas. Adoro Carlos Drummond de Andrade. Faço minhas as palavras dele quase sempre.
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