E como já virou tradição deste
blog, dia 31 de dezembro é dia de fazer um balanço do ano que passou e projetar
as promessas que não se realizarão no ano que há de vir.
Vou tentar manter um astral
positivo e, pra isso, vou dizer que 2012 foi um ano mais pra bom do que pra
ruim.
Logo de início, um réveillon
divertido no bom e velho Vale do Sol para, ato contínuo, voar pro Rio de
Janeiro e, em meio a tanta beleza e bons amigos, assistir ao Chico depois de 05
anos, pular ao som do monobloco num show e som catártico (e que pretendo
repetir), além de passear pela orla mais bonita desse país.
Ainda de férias e gozei da São
Paulo que gosto. Fui a shows, parques, trânsito, compras e aonde mais quis ir sem querer revelar.
Eis que chega fevereiro e a
satisfação de ser paraninfo da turma que tanto gostei. Fevereiro foi o mês que
a minha vida se sentia na companhia de uma eterna Alvorada. Me fazia bem. Me
fazia leve. Me fazia muito mais feliz do que eu sabia retribuir. E me fez muito
melhor do que eu jamais soube fazer.
Março veio e trouxe com ele as
primeiras contrariedades. Quis o que não pude ter. Tentei, insisti e, enquanto
insistia já não sabia o porquê e, de tanto andar em dúvida, percebi que era
hora de me entender. Análise! Vou ao divã (tá, lá é poltrona), mas fica a
imagem. Ganho de presente a analista que me sabe doido, mas me trata como um
“relativamente normal”.
Em Abril publico aqui no blog o texto que explodiu de acessos entre todos os textos daqui: Necessária Solidão. Àquele tempo achava inevitável meu destino de ser sozinho, mas mal sabia eu que o ano não tinha nem começado direito: ABRIL, MAIO e JUNHO mostraram que são os meses das novidades. Pessoas surgem, ressurgem, ocupam novos espaços, fazem-se companhias, confidentes, presentes. Redescubro-me a mim e até a intolerância de outros dias cede espaço para um espírito mais aberto e menos ranzinza (pelo menos eu acho).
Corinthians campeão da Libertadores. Ri. Gritei. Xinguei. Fui maloqueiro, sofredor, corinthiano graças a Deus.
A vida já não é tão cinza e descobre um mês de julho chegando com vontade. Não que tenha havido muitas mudanças. Ainda há pouco eu soube que seria “nome da turma” concludente e gostei da homenagem. Feliz, preparo-me para reencontrá-los no semestre que logo começaria. Ao mesmo tempo, descubro e me permito companhias comportadas e outras nem tão comportadinhas assim. Mas vivo. E vivendo vou me pensando feliz.
Agosto é o mês das surpresas é o mês de viver, verbo intransitivo e intransigente. O mês de julho, consequência dos meses bons de antes dele, me fez querer mais do que vinha tendo e eu fui. Tive. Quis mais e tentei. Foi o mês que menos escrevi, mas foi o mês em que mais me senti bem.
Ah, Setembro. Setembro foi o mês mais intenso de se sentir. Não digo viver porque, a impressão que tenho é que Setembro foi o mês de SOBREviver. Soube-me vivo nas risadas e nas dores. Foi o mês da aceitação e da recusa. Da revelação e do silêncio. Da verdade escondida atrás da mentira e da verdade duvida na história desdita. Setembro foi o mês do “diálogo do adeus” e trouxe o Outubro violento.
Batida. Silêncio. Medo. E uma mensagem recebida quando o barulho do mundo parecia insuficiente para encobrir o silêncio de si. A sensação de ser alguém para alguém no instante em que se pensava ninguém de ninguém. Vida! Troca. O bem daqui era bem de lá. Bons dias, boas tardes, boas noites. Tudo colaborava naquele tempo de decepções que matavam aos poucos e que, num instante de surpresa, provou o quanto a vida pode ser rara.
Novembro foi o mês das luzes. No mais alto de São Paulo, luzes e mais luzes brilhando aos pés de quem só tinha olhos para os olhos que lhe olhavam. O encontro improvável e com data de validade que ou era ali ou não seria mais. Dezembro não daria tempo. Não chegaria a tanto. Teria havido cura até lá.
Novembro foi também o mês da confirmação de certos rompimentos e o mês que permitiu o perdão de certos passados. Mesmo quando desagradável, serviu de lição e, enquanto o ano acabava, os sonhos que se sonhavam pareciam promessas que até tinham alguma razão.
Mas vem Dezembro e o que era certeza se faz improvável. O que era constante se faz estranhamente raro. Quem era muito parece pouco e quem nem era, de repente passa a ser tanto. Muitos que vinham sendo se fazem mais importantes, mas é o tempo da distância e é ela quem ganha. Um, dois, três dias e o espaço da vida é o mesmo do sono. Não se sabe do sol se brilha a manhã, nem das estrelas, se enfeitam as noites. (Mas o Corinthians ganhou o Mundial!)
Dezembro se faz o mês do nada. Não emociona pra mal, nem pra bem. Dezembro quer viciar o ano que foi muito. Dezembro é tão pouco que parece nada. É tão pouco que parece que o ano foi pouco, mas pensando bem, que bom que Dezembro está no fim. Ainda bem.
2012 chega ao fim e, ainda que seu fim não seja em quase nada diferente que seu começo, nele aprendi, não só dos outros, mas de mim. E mudei. Continuei a mudança que já anunciara vinda do ano acabado. Rompi comigo e também foi comigo que reconciliei. Penso que fui quem tinha que ter sido e tive quem merecia ter tido. Sei os que quero que me acompanhem em 2013. Ainda há muita estrada, há muito caminho e há que se trilhar.
Sejamos, pois, a nossa própria promessa, a nossa própria resolução. Nós não precisamos de marcos, mas de atitude; não precisamos de data, mas de ousadia. Não precisamos de simpatia, mas sim de serenidade. 2013 é o ano da minha, da tua, da nossa felicidade. E vamos à luta!
FELIZ 2013!