De algum lugar do presente para
alguém do passado depois de um tempo de futuro:
Oi, tudo bem?
Sabe, foi bom. Me fez bem. Já faz bastante tempo, é verdade. Tanto que nem sei quanto. Mas foi bom. Se for pra buscar um saldo, não tenho dúvidas de que aprendi mais do que ensinei. E até por isso é que foi bom. Era um tempo de redescoberta, de reconstrução. Era um tempo que eu era meu e todo o tempo que tinha servia para que continuasse sendo. Quando pensava que me conhecia, descobri que era menos do que o tempo de mim me sugeria e vi, então, que o eu que era não era o eu que via. Daí mudei o jeito de ver.
De repente eu era especial. Eram mensagens quando não esperava, nos momentos menos pensados e em contextos divertidos e inusitados. Eu era alguém que fazia bem a quem me queria bem. A troca dos dois era o sorriso que se sorriam para si e por si. E era bom sorrir.
As músicas tocavam diferentes naquele momento em que toda melodia tinha um pouco de você. Era um som suave, era um som intenso, como era suave e intenso o sentimento que me movia e me fazia querer mais perto e mais junto de você, fosse nossa distância a de dias, fosse nossa distância a de instantes.
Todas as luzes da cidade ao alcance dos meus olhos, ali no alto, soberanas, lindas, reunidas e decididas a não deixarem treva alguma no céu, mas minha noite só tinha brilho e vida, no brilho e na vida de você como parte fundamental de cada novo instante meu.
Foram anos sem que você me fosse alguém e eu te fosse alguém. Na verdade, até então e depois de então não nos éramos nada. Talvez nunca tivéssemos sido o que destinados a jamais sermos, mas ali nós éramos. Contigo as horas passavam como se cada hora fossem cinco minutos. Uma noite toda, madrugada adentro e mal parecia que o sol já estava prestes a nascer. Fostes o que me foi de melhor.
Fostes porque já não és (ainda que a verdade é a de que sempre serás esse alguém que só eu sei, muito mais do que o alguém que ameacei dizer que não eras e nem vieste a ser).
Quis fazer da minha vida, nossa. Ousei desejar pra minha vida, a tua nela. E mesmo quando desejei não te desejar, tudo que fiz foi te querer pros beijos, abraços e mais beijos que te beijei no silêncio da minha própria solidão. E isso te fez o sonho mais gostoso de sonhar.
Ah sim! Por tua causa meu conforto passou a ser terreno estranho. Tudo o que eu sabia parecia errado e certo era só o que eu aprenderia de novo com você, já que até meu medo de me sentir bem, com você e por causa de você, eu enfrentei. E se é que meu coração era doído, teu sorriso foi a vida e teu alô foi a cura do que teu adeus não dito, mas feito, foi a cicatriz principal.
Mas, pensando bem, qual não foi minha estupidez ou idiotice ou loucura de te pensar, de te querer, de te sonhar? Mas acontece que não foi nem burrice, nem estupidez e nem loucura porque foi você. E de você foi fácil de gostar.
Sabe, foi bom. Me fez bem. Já faz bastante tempo, é verdade. Tanto que nem sei quanto. Mas foi bom. Se for pra buscar um saldo, não tenho dúvidas de que aprendi mais do que ensinei. E até por isso é que foi bom. Era um tempo de redescoberta, de reconstrução. Era um tempo que eu era meu e todo o tempo que tinha servia para que continuasse sendo. Quando pensava que me conhecia, descobri que era menos do que o tempo de mim me sugeria e vi, então, que o eu que era não era o eu que via. Daí mudei o jeito de ver.
De repente eu era especial. Eram mensagens quando não esperava, nos momentos menos pensados e em contextos divertidos e inusitados. Eu era alguém que fazia bem a quem me queria bem. A troca dos dois era o sorriso que se sorriam para si e por si. E era bom sorrir.
As músicas tocavam diferentes naquele momento em que toda melodia tinha um pouco de você. Era um som suave, era um som intenso, como era suave e intenso o sentimento que me movia e me fazia querer mais perto e mais junto de você, fosse nossa distância a de dias, fosse nossa distância a de instantes.
Todas as luzes da cidade ao alcance dos meus olhos, ali no alto, soberanas, lindas, reunidas e decididas a não deixarem treva alguma no céu, mas minha noite só tinha brilho e vida, no brilho e na vida de você como parte fundamental de cada novo instante meu.
Foram anos sem que você me fosse alguém e eu te fosse alguém. Na verdade, até então e depois de então não nos éramos nada. Talvez nunca tivéssemos sido o que destinados a jamais sermos, mas ali nós éramos. Contigo as horas passavam como se cada hora fossem cinco minutos. Uma noite toda, madrugada adentro e mal parecia que o sol já estava prestes a nascer. Fostes o que me foi de melhor.
Fostes porque já não és (ainda que a verdade é a de que sempre serás esse alguém que só eu sei, muito mais do que o alguém que ameacei dizer que não eras e nem vieste a ser).
Quis fazer da minha vida, nossa. Ousei desejar pra minha vida, a tua nela. E mesmo quando desejei não te desejar, tudo que fiz foi te querer pros beijos, abraços e mais beijos que te beijei no silêncio da minha própria solidão. E isso te fez o sonho mais gostoso de sonhar.
Ah sim! Por tua causa meu conforto passou a ser terreno estranho. Tudo o que eu sabia parecia errado e certo era só o que eu aprenderia de novo com você, já que até meu medo de me sentir bem, com você e por causa de você, eu enfrentei. E se é que meu coração era doído, teu sorriso foi a vida e teu alô foi a cura do que teu adeus não dito, mas feito, foi a cicatriz principal.
Mas, pensando bem, qual não foi minha estupidez ou idiotice ou loucura de te pensar, de te querer, de te sonhar? Mas acontece que não foi nem burrice, nem estupidez e nem loucura porque foi você. E de você foi fácil de gostar.
E mesmo quando,
antes de ir, você questionou o fato de não ser quem eu penso quando te penso
como quem é demais, ainda assim te quero sabendo que se você não era quem eu
pensava, de nada importaria, pois te queria sendo você quem você fosse, seja
você quem você seria!
Te sonhava
porque gostava, mas não te queria em sonho, te queria, quis, quero, quererei e
tornarei a querer, pro que for real. Porque só o que é de verdade satisfaz.
E daí sento pra
te escrever: caneta em punho, folha em branco sobre a mesa e quando penso em
tudo isso, imagino mil e um motivos pra não te escrever e nem te falar nada;
penso em mil e uma razões pra arrancar a lembrança desse sentimento de ontem
dentro de mim, mas só preciso de uma – embora tenha outras – pra querer
insistir: ser você e eu ter certeza de que você vale/u a pena, real do jeito
que você é.
O que lamento é não
ter feito parte dos teus dias. Foi te gostar à distância. Te gostar errado. Te
gostar errando. Talvez não ter nem sabido te gostar.
Mas graças a
tudo isso e a você, aprendi. Graças ao teu silêncio, aprendi a conversar comigo
e entender quem eu sou, o que eu quero e quais os caminhos que me levarão ao
destino que me é certo. Te quis pra mim, mas não te pude. E já nem sei qual o
tamanho da verdade de cada linha de uma história que parece perfeita e que na
perfeição é que se faz improvável. Não existe perfeição. O que existe é a
vontade de fazer dar certo.
Enfim, hoje eu
me sei. Sei que quando eu tiver a mulher pra mim (essa que eu gostaria que tivesse
sido você), será não porque ela é linda, como você é linda, mas porque ela tem
o que eu mais procuro na mulher pra mim: ela me desperta admiração pela forma
como é, pela forma como vive, por aquilo que acredita e pelo que está disposta
a fazer e viver.
E nossa, como eu
te admirei! Ainda admiro, mesmo que me ressinta em mim. Mas admiro. Admiro tua
inquietude. Admiro tua sagacidade, tua inteligência e a forma como você enxerga
o mundo à tua volta. E te admirar, torna ainda mais fácil te gostar. Gosto de
te gostar.
E, além de tudo,
você teve o dom de me fazer querer despertar o melhor de mim, quando nem eu
mesmo acreditava haver o que de bom guardado no vazio de mim. Talvez não fosse
mais vazio, já que me via cheio do sorriso que me vinha da presença tão
presente de você. Me quis melhor, seja pra fazer o melhor pra mim, seja pra
despertar um orgulho e um sorriso em você.
E eu
atravessaria distâncias, eras, vidas e mundos pra me deleitar na visão tua que
não tem visão que meus olhos queiram mais. Não tem encontro que eu queria mais
do que o do teu abraço e nem olhos outros que eu queira que me olhem que não os
teus.
Eu já quero
alguém pra mim, você talvez precise ser um pouco mais de você. Acho uma pena.
Mas estou bem.
Contigo aprendi e segui, descobri que posso gostar, me curei (talvez). Você,
meu remédio menos provável, me fez bem (eu estou bem!). Vou gostar de novo
(gostarei!) e descobrirei que a felicidade com a qual não conto, existe em
algum lugar, talvez também pra mim.
Mas, por
enquanto, vou ficando por aqui. Aqui... aqui!
3 comentários:
Não sei se o texto é apenas literário ou se é um desabafo. Mais se for do fundo da alma me permita dizer algo que tenho aprendido com a vida. O sentimento verdadeiro plantado na alma da gente quando não floresce cria raízes. Desse jeito! Remédio, cura ou algo parecido? Esqueça! Respire fundo e aguarde o tempo certo das coisas.
O texto é muito profundo. Me tocou na alma..
A cerca de um mês atrás li esse mesmo texto e te disse: É bonito, mas confesso não ter entendido nada, é passado, mesclado com presente com uma pitada de futuro.
Hoje porém, consigo entender ele completamente e saber exatamente o que vc estava expressando e dizendo...
Você é surpreendente Will...
Parabéns...hoje eu digo...ele é realmente LINDO!!!
"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos
que trazem algo que aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar pelo que nos
foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado.
Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre."
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