domingo, 11 de abril de 2010

Observações "presidenciais"


Há que se deixar que passe em branco a crescente megalomania do Excelentíssimo Senhor Presidente da República?
Não é raro que vejamos nosso Presidente – de quem a biografia é certamente espetacular e o destino parece fadado ao sucesso – ter arroubos de estima por si e por suas medidas cada vez mais totalitaristas.
Ao longo desses 08 anos nosso Presidente deixou de “não saber de nada” para ter opiniões sobre tudo e, convenhamos, a cada momento em que abre a boca pra falar alguma coisa a tragédia só não é maior porque já não são tantos os que o levam a sério.
Quando bem treinado, nosso Presidente é o sonho de qualquer marqueteiro político. Há empatia; há a figura próxima do brasileiro comum; o ar alegre e despojado do líder máximo que faz parecer que poderíamos ser eu ou você.
Nosso Presidente tinha e teria tudo para entrar pra história como o maior estadista que já passou pelo Brasil e, seguramente, se tornar uma figura mitológica como já o são Franklin D. Roosevelt, Churchil, Kennedy e outros que caminham venturosos pela história.
Mas não o foi. Perdeu sua chance e, ao que parece, ainda sem se dar conta disso, vai enterrando a boa imagem que parecia desfrutar, inclusive, internacionalmente.
E são dois os fatos que mais me assoberbam.
O primeiro deles é o fato de alguém que só é o que foi demonstrar um descaso com a Democracia como faz o Sr. Luiz Inácio. O atento lentor pode estar se perguntando: como ele tem esse descaso afirmado se está tão empenhado no jogo de eleger sua sucessora? Ora, basta que vejamos as desastrosas afirmações sobre o regime cubano e seus presos políticos. Para não se falar das sujeições que se permite ao Chaves.
O Presidente de um país como o Brasil não pode se sujeitar a ser tão amigo de ditadores; aliado de regimes de exceção. Pior ainda é quando os defende como quem manda um recado velado às demais potências mundiais que não aceitam o descaso democrático – por assim dizer.
O outro ponto – e este está cada vez mais evidente – é o descaso do chefe do Poder Executivo pelos próximos meses, em relação ao Poder Judiciário.
O Excelentíssimo Senhor Presidente parece rasgar o artigo 2º da Constituição Federal (aquele que fala da separação dos Poderes, mas que esclarece que são harmônicos). Lula parece acreditar que sua alta popularidade lhe dá legitimidade para se colocar acima da própria lei. Desmerece o Poder Judiciário a ponto de, essa semana, em solenidade do PCdoB, afirmar que não há que aceitar que a cada eleição os juízes digam o que pode ser feito e o que não pode e que cabe aos Partidos se imporem como partidos e dirigirem suas campanhas como bem entenderem. Afora isso, são inúmeras as multas impostas pela justiça pois, advertido de seu comportamento ilegal, o Presidente deu de ombros e saiu inaugurando obras inacabadas dando viés eleitoreiro e – completamente impessoal – à União.
É momento do Brasil aprender que a Democracia é importante e o respeito às instituições democráticas é essencial para esse processo. Uma democracia conquistada com lutas e sangue precisa ser defendida até mesmo dos personagens que construíram essa história. Populismo não é purismo. Faz mal para o futuro, não socorre o Brasil.
Não podemos correr o risco de permitir que descompromissados com a história de uma República sólida, dividida em Poderes harmônicos, independentes e devidamente respeitados por si, se perpetuem no Poder. O momento do adeus se aproxima. Que possamos todos estar com nossos braços erguidos e mãos espalmadas, da esquerda para a direita constantemente até que os de hoje virem suas costas no adeus, rumo ao esquecimento do amanhã.
Será que serraremos esses laços?

domingo, 28 de março de 2010

Música que gosto - Marina (Dorival Caymmi)


Faz tempo que venho querendo escrever sobre músicas que gosto, mas a proximidade do gosto com que gosto me inibe no medo de não saber me fazer entender.
Queria crer que a música falasse por si só... mas não fala. Mas vamos lá.
Vou começar com a música que mais tenho ouvido e cantarolado nos últimos dias, não necessariamente a música que mais gosto dentre as que mais gosto.
A música chama MARINA e seu autor e intérprete é o grande Dorival Caymmi. Caymmi dispensa maiores apresentações. A ele reverenciaram os grandes gênios; por ele se curvou Hollywood e nele se conheceu as belezas e encantos da Bahia.
Sua voz grave lhe fez descoberto cantando serenatas nas janelas alegres da Salvador que já não existe mais e logo lhe abriram as portas do mundo. E as suas composições, ah! As suas composições. Caymmi cantou os encantos do mar, narrou as agruras dos negros, ensinou o que a baiana tem e com seu jeito suave, ar de malandragem e sorriso galante, nos brindou com a obra a que me quero referir.
Em Marina temos uma melodia triste e uma letra zangada. Nela, o apaixonado cantor quer fazer com que sua amada – Marina – entenda que não precisa se enfeitar para ser linda. Já é “bonita com o que Deus lhe deu”.
E por mais apaixonado que seja por sua musa, assume que não sabe perdoar. Entretanto, ele mesmo assume que já desculpou tanta coisa, mostrando-se refém do sentimento que sente. Provavelmente o momento do perdão se aproxima, mas por enquanto, dela, ele está de mal...


Marina morena Marina você se pintou
Marina você faça tudo
Mas faça o favor
Não pinte este rosto que eu gosto
Que eu gosto e que é só meu
Marina você já é bonita
Com o que Deus lhe deuMe aborreci, me zanguei
Já não posso falar
E quando eu me zango, Marina
Não sei perdoar
Eu já desculpei tanta coisa
Você não arrajava outro igual
Desculpe Marina, morena
Mas eu tô de mal, de mal com você.

segunda-feira, 22 de março de 2010

9° Período - Direito Agrário. Divirtam-se...

Mantendo a tradição, às vésperas das avaliações bimestrais, façamos alguns apontamentos do que se viu da matéria até aqui.
O tema é Direito Agrário e, sobre ele não se pode esquecer que sua história no Brasil se inicia a partir de uma emenda à Constituição de 1946. Não obstante, é imprescindível que a estudemos a partir da História da Propriedade no Brasil. Sob essa óptica, verificamos ao tempo da colonização do Brasil, a adoção, por parte da coroa, do Regime das Sesmarias, introduzido em Portugal em 1375. Nesse regime, os “sesmeiros” tinham o domínio útil da terra, mas não a sua propriedade, sendo obrigação sua manter a terra produtiva com a plantation da cana-de-açúcar, bem como pagar altos tributos, sob pena de cair em comisso.
Não obstante as Constituições republicanas – principalmente a de 1934 – trazerem em seu bojo uma tênue lembrança do que viria a ser o Direito Agrário conforme conhecemos, somente às vésperas do golpe militar de 1964, com uma emenda à CF/46 (emenda essa que falava pela primeira vez de desapropriação para fins de reforma agrária pelo não cumprimento da função social da propriedade) e, como conseqüência, com a elaboração do Estatuto da Terra, foi que o Direito Agrário iniciou no Brasil.
O Direito Agrário nada mais é que um conjunto de Direitos e normas de Direito Público e privado que visa disciplinar as relações emergentes da atividade agrária com base na função social da propriedade, fazendo-se em ramo autônomo do Direito que agrega diferentes institutos com o fim de alcançar a segurança alimentar.
E é sempre interessante que lembremos que a Segurança Alimentar nada mais é do que a auto-suficiência do Estado na produção de alimentos, ou seja, é o Estado produzir tudo quanto sua sociedade consuma.
Nesse sentido, faz-se ainda mais imperiosa a observância da função social da propriedade. Sabe-se que a Constituição Federal em seu artigo 187 é bastante específica quanto a sua exigência de que, para que a propriedade cumpra sua função social precisa preencher 04 requisitos simultaneamente, quais sejam: ser produtiva, mas respeitando o meio-ambiente e os regramentos trabalhistas (sociais), bem como, havendo a boa convivência entre os trabalhadores da terra e os proprietários destas.
À propriedade que não cumpre a sua função social resta a desapropriação por interesse social com fins à tão discutida Reforma Agrária (preparem-se para que falemos muito nelas pelas semanas que ainda nos virão). Para tanto temos o INCRA – Instituto Nacional da Reforma Agrária, criado com esta finalidade. Evidentemente que, para fins de desapropriação de imóvel rural precisamos definir o que seja imóvel rural.
A conceituação de imóvel rural pode seguir duas linhas. Podemos definir o que será imóvel rural a partir da conceituação tributarista (utilizada, por exemplo, para fins de ITR), na qual o imóvel rural é aquele que está situado na zona rural, conforme se fizer constar nos regramentos municipais e no CTN. Entretanto, para fins de reforma agrária, o que nos importa é a destinação que é dada ao imóvel e não a sua localização, de modo que, prestando-se a atividade agrária ou agropecuária, não importa onde esteja localizado.
E esse imóvel rural, não nos esqueçamos, tem diferentes classificações conforme seu tamanho. O Estatuto da Terra em dado momento nos sugeriu a classificação em Minifúndio, Latifúndio, Propriedade Familiar e Empresa-Rural. Sabemos, contudo, que o Estatuto da Terra tem importância meramente conceitual, haja vista que obsoleto com os anos passados e com o fato dos regramentos agrários terem sido objeto do texto constitucional. Assim, temos que a classificação será em Pequena, Média e Grande Propriedade, à medida que vão de 01 a mais de 600 módulos-fiscais.
Há muito mais que se falar sobre Direito Agrário? Evidente que sim. Na AT muito mais haverá do que o falado até aqui? Claro... Estará difícil? Depende... e, por favor, leiam o texto, mas não façam cola dele (de novo), porque ainda falta Política Agrícola, Processo de Desapropriação, Aquisição de Terras por estrangeiros, Desapropriação Judicial, etc... etc... etc...
Mas, em todo caso, divirtam-se porque está acabando...

terça-feira, 16 de março de 2010

Somos (seremos) espectadores de nossa própria vida?



Acho difícil que haja quem discorde da velocidade com que os dias tem corrido ao encontro do fim dos meses para que ao menor sinal se festeje o novo ano que chega sem que nos demos conta daquele que findou.
A velocidade da vida parece não alcançar qualquer limite; ignora qualquer lei física e só se importa com o que há de vir. O próximo a se experimentar.
A velocidade com que a vida tem corrido nos exige uma maior velocidade na tomada de decisões. Hoje não há mais tempo de se pensar duas vezes. Seguindo o “bom conselho” de Chico, acabamos agindo duas vezes antes de pensar.
Pelo menos que hajamos, mas de que jeito?
Sou um julgador nato... Não, não sou. Apenas me permito tirar as minhas conclusões ao observar a vida e o modo como, me parece, muitos escolhem viver suas vidas. Não se trata de juízo de valor, mas tão-somente da simples observação geradora de uma certa inquietação com o que se nos restará.
Uma das inquietações que me assaltam é: estamos sendo meros espectadores da nossa própria vida?
Explico: é certo que somos conseqüências inevitáveis das nossas escolhas. O agora se refletirá no depois que, por sua vez, se encerrará na justificação do antes. Ora, o medo é, muitas vezes, inevitável, mas isso justifica que eu adote uma postura passiva de quem sabe o que me espera, mas espera retardar o devir inevitável?
Assisto diariamente pessoas que sabem que se aproximam de momentos decisivos (se é que todos não o são), mas que se fazem indiferentes a essa realidade, como se o não pensar no que lhes vem, evitasse aquilo que de fato lhes virá. Pessoas que ignoram que seu esforço será justificado, mas que sua indiferença e inação lhes serão cobradas pela credora mais cruel: a vida.
Nós somos donos do nosso destino e a sorte não nos ajudará de graça.
É perigoso acreditar que independente do agora, lá na frente tudo se encaixará e a vida a que renunciei no hoje, se reconciliará comigo no amanhã. Tudo bem que a vida é incerta seja de um lado, seja de outro, mas apostar a favor da sorte faz o erro muito mais provável do que o acerto.
Não nos custa viver. E não é improvável vencer e a prova é que são muitos os que vencem.
O que não posso é abrir mão da batalha ou, só por agora, quase viver, porque "quem quase vive já morreu" (Sara Westephal Batista).
Não sejamos quase mortos; voltemos a vida e sejamos nossa sorte. Riamos felizes com quem nos importe, mas façamos...
A conseqüência do esforço nosso, será, para outros, nossa sorte...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

EU ODEIO SERTANEJO




O presente texto é uma reflexão estressada do blogueiro. Suas opiniões são realmente essas, mas todas elas dizem respeito à música e não aos que a ouvem (esses são heróis por agüentar tamanha porcaria). Se você acha que pode se ofender com o que está escrito nas próximas linhas, sugiro que não role o mouse e evite descer. Para os que se aventurarem, boa leitura.

Se a sobreposição de notas uma após a outra atendendo um regramento básico a soar uma melodia for o que se costuma chamar de música, então, há que se chamar esse gênero chamado sertanejo de música. Apesar de um lixo.
Sim, eu não gosto de música sertaneja. E, ao se dizer sertanejo, leia-se esse tipo de poluição sonora que surge nas rádios e nas ruas com um poder de destruição mais forte que o das pragas do Egito. Aliás, que nem vinculação com o Sertão possui.
O fato é que não se acha qualidade no que se ouve.
Provavelmente a preguiça mental– que parece ser regra nas pessoas –faz com que se valorize o nada, achando que no nada se entende alguma coisa. Alegam, os que apreciam a dita música (?!) que ela fala o que de fato é e revela o que todo mundo sente. Se assim o é, não há novidade no que se canta – o que torna ainda mais raso o ato de compor, já que se compõe o que já se sabe como é.
Possuir uma legião de “admiradores” não é nenhum atestado de qualidade. Há uma grande parcela de pessoas que se rendem aos ditames midiáticos. Se a mídia aprova, quem sou eu pra desaprovar. Se tantos ouvem, são esses tantos os que estão certo, logo, não preciso sequer ouvir para já concordar que é bom. E enquanto isso o mundo caminha para o seu fim...
O mais triste é ver algo tão desprovido de qualidade fazer sucesso em um Brasil que tem na sua música – a boa música brasileira – um de seus maiores referenciais no exterior. Nossos músicos – Ivan Lins, Tom Jobim, Sérgio Mendes, Bebel e João Gilberto, Céu, Astrud Gilberto, Dorival Caymmi e tantos outros são reverenciados no exterior pela qualidade da música que fazem ou fizeram, e no Brasil sequer alcançam respeito.
A música sertaneja é pobre. Música feita pra gente pequena (sem que necessariamente seja pequeno quem a ouve) e é onde me causa espanto quando vejo pessoas a quem julgo intelectualmente desenvolvidas, vibrando em rimas de amor com dor, paixão com solidão... Lamentável.
Na música sertaneja não se acha o ritmo sincopado deliciosamente presente no violão dos inventores da bossa nova, devidamente acompanhado pelo jeito macio de se cantar o sol, o verão, as alegrias e até o amor. Não há virtuosismo. É uma música que se toca em 6 acordes nas suas formações naturais, cantados por duas vozes onde uma delas não é nem ouvida o que dirá sentida. Não há harmonia que preste, dissonâncias, boa dinâmica e nem arranjos elaborados (basta um reles solo de guitarra em 04 compassos e lá vamos nós...)
A qualidade das letras é, invariavelmente, tão xinfrim, que não há sequer qualidade. Há apenas o relato de um amor que não deu certo porque a mulher se viu mais feliz nos braços de outra pessoa. Convenhamos, meu amigo, essa mulher deve ter encontrado alguém que não escutava sertanejo e encontrou a felicidade.
Pra mim é desesperador assistir as pessoas em estado de catarse entregues a esse barulho desregrado e sem dinâmica, como se estivessem sob efeito de um transe... como se fossem platéia de um show do Greenday após a experimentação das raízes da natureza.
Esse desespero que se faz gigante quando assisto minha irmã se realizando nisso que se pretende música; quando vejo uma namorada vibrando em meio a um repertória tão deselitizado e ainda por cima, uma irmã de apenas 09 anos, acreditando que isso é bom. Meu Deus, por que castigo tão grande para alguém como eu?
E vou além. Só não digo que o tal do movimento do Sertanejo Universitário é o mais lesivo a boa música brasileira nos últimos tempos, porque nesse ínterim surgiu o funk. Mas é um movimento desarrazoado que quis dar chance a cantores (?!) que em um mundo real não teriam a menor condição de dar certo. Péssimo...
Claro que esse meu sentimento representa nada pra esses pretensos artistas que a cada dia vêem suas contas bancárias crescerem milhares de milhões de reais, frutos de uma sociedade que adotou a falta de critério como qualidade para definir o que se é bom. São Sorocabas, Luans, Gusttttavos, etcque diariamente lançam esses lixos para o consumo daqueles que preferem viver em meio dele.
O pior é que, muitas vezes, para fazer graça, a pessoa se permite fazer uma brincadeira, canta um trechinho de uma letra que ficou enraizado no subconsciente ou qualquer outro fato que já surge motivo para que a pessoa outra reverbere aos 04 ventos que tanto você gosta da música que até sabe cantar.
Ora, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E vice-versa.
Fato é que a boa música deve dizer muito mais do que ela diz e deve ser envolta de uma atmosfera condizente com a mensagem que quer passar. Devidamente elaborada, cuidadosamente trabalhada, para que atinja a alma das pessoas, dizendo muito, mas revelando nada.
O Sertanejo não faz nada disso, mas apenas enche os ouvidos de uma harmonização básica, fria e desprovida de qualidade, sem enarmonia, sem efeitos no ouvinte pela sua suavidade e percepção, principalmente se comparadas à Tom Jobim, Edu Lobo, Toquinho, Francis Hime, Egberto Gismonti, Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Baden Powell, Ivan Lins e tantos outros.
As letras são pobres e isso em uma língua tão rica como a portuguesa, para que se diga em, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Victor Martins, Aldir Blanc, Ronaldo Bôscoli, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Flávio Venturini, Gonzaguinha, Cazuza e mais tantos outros.
Não faço questão que gostem do que gosto. Muito embora me seria muito mais saudável para os meus nervos que a minha convivência se desse com os que preferem se abster de ouvir essa excrescência da música brasileira.
Música de letra pobre, escrita para ter como alvo pessoas pequenas, que se permitem nivelar por baixo (“coisas esotéricas passando pela cabeça de quem se entende um possível jardim como os que para onde voltam as borboletas”), tão baixo que alcança o nível da própria música. A letra precisa conter algo que leve a reflexão de um tudo... mas as pessoas preferem o caminho mais fácil. A essas, por mais que o gosto seja algo próprio de cada um, é cada vez mais difícil respeitar.
O fato é só que... EU ODEIO SERTANEJO e, por favor, desistam de tentar mudar isso em mim.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Amor mais desprezado


Minha bela senhorita,
Por que não sorris?
Tem-lhe sido a vida tão pouco generosa
As vezes até sofrida?

Doce e bela senhorita,
Tens um sorriso tão charmoso
E com um olhar que a tantos tanto encanta
Lhes sorrindo sem parar.

Mas, logo agora senhorita,
Em que me chego desejoso a no teu corpo achar meu gozo
E na vida que a ti me trouxe
Mulher tão bela que é você

Me viras o rosto como com pressa
Nem dá conta - só despreza! - a quem só lhe quis em bem.
E que agora ruma pesaroso
Pois que já que não é seu, não será de mais ninguém.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Reflexionando...

E eu seria o que fui, não teria mais chance de vir a ser
Seria o caminho errado indicado por mim mesmo
E o exemplo perfeito do fracasso de um.
Seria o errante por um deserto gelado
Caminhando pelo ártico em chamas
Veria a noite brilhar dourada
E o dia desvanecer-se negro
Não seria o que fui...
Seria o que sou.




Querer


Tenho pensado sobre o “querer”.
A idéia de querer alguma coisa ou o sentimento de se querer alguém.
Há quem diga que o interesse (querer) vem da utilidade que o objeto do meu desejo tem para mim. Só o quererei porque antes imaginei que me seria útil.
Se eu pensar em uma peça de roupa ou calçado, um livro ou até mesmo um carro, essa idéia é bastante aceitável e, assim afirmo, porque imagino que seja a regra.
Mas e quando um alguém deseja (quer, tem interesse) em outro alguém? A regra será a mesma? Quero ou quer-se alguém pela utilidade que esse alguém terá?
A resposta é perigosa. Poderá ter uma inclinação para além do romantismo ou até para aquém ou longe da pior forma.
Mas vamos pensar: por que um homem quer uma mulher (ainda que alguns possam dizer que a pergunta mais fácil seria “para que” e aí acaba-se com o romantismo antes que ele exista).
Eu não consigo deixar de pensar que é por causa da utilidade dessa mulher na vida do homem. Mas mulheres, não se sintam menos por causa disso. Mesmo porque, tenho certeza, a recíproca é verdadeira.
Os que procuram aventuras enxergam na mulher a utilidade de lhe servir para a satisfação de sua lascívia.
Os que procuram companhia enxergam na mulher a utilidade de colocar fim a sua solidão.
Os que querem uma família enxergam na mulher a utilidade de lhes ser o Côncavo do seu convexo quando da arte de se gerar os filhos.
E a mulher também.
Se quiser prazer procurará o homem que lhe atenda os seus desejos mais fantasiosos.
Se quiser segurança procurará aquele que lhe transmite firmeza, estabilidade.
Se quiser carinho procurará quem lhe fale a alma nos momentos de desespero ou despreparo.
O certo é que é bom querer e ser querido; amar e ser amado; desejar sendo desejado. Ao passo que é terrível quando não se é correspondido no que se espera do que se lhe faz interessado.
Um problema é quando as pessoas se deixam tomar pelo medo de querer de novo porque em algum momento esse querer não lhes foi bom.
Apesar de ruim certamente todos nós em algum momento queremos sem que tivéssemos sido queridos, assim como alguém nos ”quereu” quando não quisemos esse alguém. É como se fosse um ciclo da vida.
Mas ninguém questiona as delícias de se querer. A beleza de contar os segundos para o encontro com o que se quis e se alcançou. Ou em se sentir sendo querido por quem insanamente aprendemos a querer.
Não me sinto menos romântico quando vejo no querer do outro a utilidade pra mim. Mesmo porque o meu querer primeiro é sempre a delícia do romance do durante. As horas em que penso, o instante em que eu toco e durante que eu vivo... isso não se faz e nem se vive só...
Aliás, diria até que é útil se querer...

Saudade dos Musicais

Senti a vontade de escrever esse texto às 16h37min do dia 13/02/2010, enquanto assistia um DVD que retirei do “fundo do baú” da minha coleção. O DVD em questão é “Gene Kelly – An American in Pasadena”, um show em que o brilhante e inigualável, ator, diretor, bailarino, cantor e coreógrafo Gene Kelly reunia-se a inúmeros e não menos talentosos parceiros para um show para a TV americana, são artistas do calibre de Frank Sinatra, Lucille Ball, Liza Minelli, Cyd Charisse, Cindy Williams, Janet Leigh etc.
Ao longo do show ele ia comentando e cantando canções de seus filmes de maior sucesso e um projetor lançava sobre uma tela como as de cinema as imagens desses filmes e especiais para televisão.
Para aqueles que ainda não ligaram o nome a pessoa, o “Senhor Multi-talento” em questão é o ator/cantor de “Cantando na chuva”.
Mas não o texto não se presta a falar sobre Gene Kelly por mais que o autor do texto veja nele, junto a Fred Astaire os melhores dançarinos do mundo. O que eu quero é dizer sobre o quanto gosto de assistir a musicais e como lamento que não seja um gênero de investimento dos estúdios atualmente. Mesmo diante de sucessos de público, crítica e bilheteria como foi o caso de filmes como Moulin Rouge e Chicago, além de Dreamgirls ou até mesmo Duets. Isso para não se falar na aguardada estréia de Nine, tão bem recepcionada pela crítica, com direito a mais uma indicação ao OSCAR® para Penélope Cruz.
Não há dúvida que a Trilha Sonora ainda tem grande importância no cinema. Quem pode imaginar Indiana Jones sem a excelente música de John Williams ou ouvir Everything I Do (I do ir for you) e Have You Really Love Woman – as duas de Bryan Adams – sem pensar lembrar na hora de Robin Hood e Don Juan de Marco? Isso para não dizer de trilhas como CINEMA PARADISO, LOVE STORY e O PODEROSO CHEFÃO.
Entretanto, relega-se à música, no cinema atual, o papel coadjuvante semelhante ao do cenário que, simplesmente, compõe uma cena de amor ou um momento de suspense. Não se tem mais essa música no primeiro e principal plano do cinema. E isso é triste...
O filme musical dá uma leveza à vida das personagens e dos espectadores. É sempre encantador se imaginar sendo o sedutor que toma a mocinha nos braços em uma dança sensual e romântica, ingênua, mas cheia de significados. Ou cantando o amor correspondido ou a alegria recém-sentida... mesmo sabendo que na vida ninguém sai cantando e saltitando no meio da rua.
É como imaginar Fred Astaire tomando Cid Charisse nos braços em plena noite de primavera nos jardins do Central Park levando-a numa dança leve, mas ao mesmo tempo intensa, em um jogo de sedução a todo tempo implícito, mas exposto aos olhares mais sensíveis.
Ou até mesmo as danças mais ousadas e até engraçadas do mesmo Fred Astaire com sua pareceira-mor, Giger Rogers, duas presenças tão grandes em uma tela que parecia diminuir de tamanho diante do talento da dupla.
E os exemplos são vários... desde O Mágico de OZ e A um passo da Eternidade, passando por New York, New York e West Side Story, até que se chegue a Grease e High School Music.
Pode ser que os tempos modernos não tolerem mais a ingenuidade dos musicais, tidos como ultrapassados para os amantes dos vampiros, mutantes, lobisomens ou agentes secretos e bruxinhos adolescentes. Trouxeram a realidade para o cinema e a história criada, produzida e filmada perdeu o seu aspecto lúdico. Uma pena...
Por sorte, os anos 50 e 60 existiram, partiram, mas se souberam preservar. Fico com eles, mas ainda assim lamento: - Ah que saudade dos musicais...

Saindo do ócio... (nada criativo)

É tempo de retirar o blog do seu ócio.
O ócio é bom quando se faz criativo, não foi o caso desse ócio que agora quer-se, na marra, terminar.
Fato é que o blog ficou parado porque o seu dono não sabia o que escrever; desaprendeu a escrever.
Nesse meio tempo foram várias as vezes em que me incomodei a mim mesmo, buscando assuntos ou temas sobre os quais escrever a fim de torná-lo ativo, livrando-o das teias de aranha virtuais que já lhe tomavam conta desde o momento do silencia último.
Temas me surgiram aos borbotões, mas foi só. No fim era como se as palavras me tivessem escapado, deixando-me apenas a ansiedade por seu retorno, se é que me retornariam um dia.
Nesse meio tempo conheci o nordeste, assisti ao Corinthians, voltei para Rondônia, reencontrei amigos, assisti estupefato aos escândalos em Brasília e, assustado, assisti o crescimento da Dilma nas pesquisas.
Alegrei-me com Valdir Raupp sendo indicado à vice-presidência do PMDB nacional e desconfiado tive notícias do racha político entre o Governador de Rondônia e o Senador cassado.
Vi minha irmã se formar e um grupo de amigos ir embora; depois de quase sete meses Lost recomeçou e já me deixou com mais dúvidas do que da última vez que ele acabou. Não assisti a nada relacionado a vampiros e nem li nada que tivesse símbolos ocultos. Achei prazer no assistir o sol encontrar com as águas do mar e descobri que o Rio de Janeiro é verdadeiramente lindo.
Revi família e até mesmo amigos que há muito tempo não via.
Fiz vários planos e não realizei nenhum.
E entre tudo isso, escrevi no blog 03 vezes... e só! Mas a partir de agora tudo muda. O blog oficialmente inicia sua temporada 2010 e, promete por seu dono, que seja sempre o que estiver destinado a vir a ser, mesmo que o resultado final seja... nada!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O dia depois de ontem

Abrindo a temporada de textos do blog post-férias, nada como reflexões sobre o dia depois de ontem (ou seja, hoje!)


Nada como a perspectiva do hoje para que façamos o amanhã...

É comum no dia a dia de nossas vidas a gente se deparar com a necessidade de escolher. Todo o tempo temos uma escolha para fazer. Aliás, a vida por si só é uma escolha (apesar de “arte do encontro”).
As escolhas, por mais insignificantes que venham a se mostrar, são sempre atitudes. Ora, se a vida é escolha e escolha é uma atitude, temos que a vida é atitude. Assim se a vida é atitude, a falta dela é quase a morte.
De nada vale respirar se a única mudança na vida se deve ao movimento involuntário de rotações e translações da nave global. Os que assim se esperam, fazem-se vegetais de si próprios, parasitas de um espaço desocupado na presença ausente de si mesmos.
O fato é que como bem disse Maria, quem quer alguma coisa tem que fazer alguma coisa. E a vida se baseia em querer, porque os mais radicais poderão alegar que a própria indiferença é uma atitude e, então, a vida também será indiferença.
Mas não há como se gratificar e congratular consigo ao viver uma vida indiferente. Tampouco se sentirá o prazer de causar orgulho ou admiração naqueles que queremos bem e aos quais queremos o melhor.
Pelo contrário, a indiferença avilta o espírito manso que sempre anseia pelo amanhã mais solidário, em um futuro mais benevolente aos que ainda hoje sofrem.
Há que se construir o próprio futuro sem esperar que ele aconteça à nossa revelia. Precisamos tomar as rédeas do nosso destino, sob pena de, inertes em nossa descaminho, percebermo-nos lançados numa longa queda que se estende, ela sim, indiferente ao nosso medo e a nós.
Ora, quem quer algo novo precisa fazer algo novo. Não me adianta viver o dia seguinte em repetição ao dia anterior. Antes, precisamos despertar o que haja de empreendedor e desafiante no que é nosso para que, o depois seja mesmo melhor do que o antes se mostrou.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ahh... SE TUDO FOSSE SIMPLES COMO UMA UNHA

O Blog (leia-se o blogueiro) está tentando voltar das férias. A idéia é que no mês de Fevereiro - o mês mais lindo (e curto) de todos - o blog já atue com mais freqüencia e abusando da acidez nos comentários mais absurdos (são tempos de mudança)... Entretanto, na noite de ontem fui surpreendio por um "mais que excelente" e engraçado texto escrito por meu tio Perácio (pode ser que já haja que tenha rido só de ver o nome do autor do texto que, aliás, era também o nome do meu avô então vamos parar de rir e respeitar a memória alheia, faz favor). Tenho certeza que, deste texto, todos os homens concordarão... (quisera que o texto tivesse sido meu) e, como diz o Abdiel, abraço pra quem for de abraço e beijo pra quem for de beijo...



Ahh... SE TUDO FOSSE SIMPLES COMO UMA UNHA
por Perácio Grilli Filho

Sempre ouvi minha mãe dizer que mente desocupada só pensa em coisas inúteis.
Comprovei isto dias atrás quando pegava uma pequena bolsa onde guardo alguns instrumentos para cortar unhas.
Sempre achei o ato de cortar unhas extremamente chato, além de ser um tanto quanto nojento. Quando posso, exerço toda a minha metrossexualidade e vou a uma manicure. Mas no caminho entre o sofá e o quarto comecei a fazer algumas elucubrações.
Poucas coisas no corpo crescem durante toda a vida, e todas incomodam. Barba, cabelo (de alguns..rsrs), unha.... Por que não o pênis?
Imagine todo dia você acordar e ele estar um pouco maior que ontem. E saber que até aquele encontro de sábado vai estar melhor.
Mas é lógico que, como com a unha, teríamos que ter alguns cuidados. E onde iríamos cuidar dele? Ora, na “peniscure”, onde mais?
Lá encontraríamos outros amigos, e ninguém iria ter vergonha de estar pelado no mesmo vestiário, pois, se está pequeno, é só uma questão de tempo.
Ao sentar, ou melhor, ao deitar, a “peniscure” iria perguntar: Como quer que apare, redondo ou quadrado? E você: “Quadrado, pois vou participar de uma festinha sadomasoquista sábado”.
Ao encontrar o Pedrão, velho amigo pegador, iria indagar sobre o que o levará até lá ou se era só manutenção, e ele certamente responderia: “Poxa, lembra da Juzinha? Num momento de feracidade quebrei a ponta...agora preciso acertar”.
Nas paredes vários pôsteres de nossos ícones, e é claro o maior deles: José Mojica Marins, o Zé do Caixão, que manteve seu membro sem cortar durante décadas, e só cortou porque estava fazendo uma curva para uma área um tanto quanto perigosa.
Não podemos nos esquecer da lista de serviços prestados pela “peniscure”. Francesinha, com a ponta da cabeça pintada de branco; Artístico, com algumas flores desenhadas, o que nos economizaria alguns ramalhes e algumas horas de conversa, pois era só chegar, botar pra fora e dizer: “Querida trouxe pra você, posso colocar no seu vasinho...”
Só parei de pensar essas coisas quando chegou a hora em que a “peniscure” disse: “...agora vamos lixar a ponta...”


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ano novo. Recomeço. Será?


Há menos de uma semana começou o novo ano. Época de resoluções. Coisa mais chata. Tudo aquilo que sabemos que deveríamos ter feito no ano findo, é lançado para o ano nascente. Iniciamos o ano assinando compromissos que não cumpriremos e, pior, que não nos obrigam com quem quer que seja, que não conosco. Dever a si mesmo é um tanto quanto doentio, não? Não?! Mas fazer isso ano após ano parece que é sim...
O fato é que a virada do dia 31 de dezembro para o primeiro de janeiro em nada difere das outras 11 viradas que se notam de um mês para outro ao longo de todos os demais anos. Mas ainda assim, achamos importante, planejamos jantares, encontros, reencontros, situações que não se vivem ao longo do ano.
Deixa-se de se pensar na maravilha que é você sobreviver ao mês de Abril quando se inicia o mês de maio. Em quão valoroso é que se passe a noite de sábado de um dia 17 de agosto qualquer com as pessoas que mais gosta, pelo simples fato de que ali estão as pessoas que você mais gosta.
Ou em quanto é importante resolver as pendências havidas até o dia 7 de março para que já no dia 8 se recomeça uma nova vida de quem se viu absorvido por compromissos que deixou acumular.
Não... precisamos de marcos. Precisamos do que justifique a nossa mudança. A mudança do dia 1º de janeiro é inquestionável. Na verdade, ela “tem que ser” e, em sendo, palmas para quem mudou (muito embora, não tenha feito nada além daquilo que lhe era obrigação).
Tomara que mudemos todos, todo dia, mas sem que sejamos levianos com os demais que acreditam naquilo que somos e mostramos conforme aquilo que queremos seja visto quando se olha a nós. Porque não podemos mudar nossa opinião sobre os que nos cercam, amando e desamando; gostando e desgostando, a não ser que, de fato, se desame ou se desgoste.
Mas, como a minha resolução de ano novo é ser mais otimista e menos mal-humorado (além da dieta, academia, estudos, etc.), vou desejar um novo recomeço a todos nós e que, aproveitemos o novo ano que, por sua vez, inicia uma nova década, para vivermos uma nova vida desde que seja ela melhor que se experimentou até agora.
Feliz ano novo para todos nós!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Não tenho mais cabeça

Perguntei à minha avó qual seria um bom tema para escrever após tantos dias sem postar um texto aqui no blog. Sua resposta: - Ah, eu não tenho mais cabeça para essas coisas! Pois bem. Como aqui não se perde nada (nem a preguiça), aproveitemos o que nos é surgido. Afinal, somos ou não somos vários os que não têm mais cabeça?

Por exemplo, aqui de São Paulo, de onde surgem essas mal traçadas linhas, já não tenho mais cabeça para o trânsito. Afora o atipismo destes dias natalinos onde os carros se trancaram nas casas dos que se foram, não houve dia dos dias em que aqui estou, que não precisei de hora e meia para percorrer metade de cem quilômetros... não tenho mais cabeça para o trânsito, mas mesmo sem cabeça, vivamos em trânsito, seja daqui pra acolá, seja de lá para cá.

Há quem não tem mais cabeça para as desilusões amorosas de uma vida em que aquilo que se experimentou fora pouco mais do que aquilo que se sonhou fosse o amor que se viesse viver.
Para não se falar dos que perdem a cabeça ainda antes da experimentação em volúpia do corpo desejado. Um impulso forte que impele aonde haja o destino que se quer desde o instante em que olhos e todos os sentidos pensam que serão um de agora à além... mas no fim não experimentam (quando experimentam ao menos se encontra uma razão).

Mais trágico é o destino de “Luíses”, “Joãos” e “Robespierres” que pela ambição de uns (poder, mulheres e mais poderes) viram-se sem cabeça, mas sem a chance de voltarem da “viagem” que se deixaram ir, já que não mais o pensar se foi além, mas do pescoço a cabeça deixaram-lhes sem.