sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Se eu morresse amanhã...


Se eu morresse amanhã, quanto tempo sentirão minha falta aqueles poucos que penso que serão? E será que serão mesmo aqueles que penso serem os que serão?
Haveria quem eu nunca soubesse que tinha o carinho que não existia em quem eu tanto queria? E que agora, de longe, calada, chorava a falta que só ela sabia?
Ah! Quantos terão sido os meus amores realmente amados, vividos ou não vividos, muitas vezes calados?
Quantos teriam sido os desejos e as paixões que terei levado comigo e que tinha que ter dito, muito embora tenha (agora pra sempre) calado? Não seria melhor sempre falar e deixar que quem se ama se saiba amado mesmo que agora eu já não possa mais amar?
A vida pode acabar tão rápido que é bobagem calar, se proteger ou pensar que o melhor é se preservar de sentir seja o que for...
Se eu morresse amanhã, quantas serão as felicidades que desejei, mas que não assistirei por ter morrido amanhã?
E quantas serão as saudades sentidas pela minha falta de vida? Quantos sorrisos deixarei de assistir e quantos outro deixarão de, por minha causa, sorrir?
Quantas desculpas eu ficarei devendo e quantos terão sido os perdões que deixarei de perdoar?
Se eu morresse amanhã, qual seria a lembrança de mim? Gostaria mesmo de ser lembrado da forma que os outros me lembrarão? Ou deveria ter sido melhor, logo eu que gostaria da melhor lembrança quando se lembrarem de mim?
Se eu morresse amanhã, voltaria depois, acabaria pra sempre ou assistiria as vidas que gosto de um infinito de onde tudo vejo, só que ninguém me vê?
Que triste seria morrer amanhã...
Mas se eu morresse amanhã, alguém choraria o amor que não me disse ou lamentaria o amor que me recusou?
Haveria gratidão n’alguma vida que nessa vida se encontrou com minha vida agora sem vida? Terei eu feito algum bem?
Se eu morresse amanhã, o que realmente perderia além dos dias da pouca satisfação que parece ser regra nas muitas vidas?
Quão mal seria morrer amanhã?
Mas ainda assim, não pretendo morrer tão cedo, muito menos amanhã...

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom professor ......