A minha resposta é sempre a mesma
para quando me perguntam: “mas você é corinthiano?”. Com todo o prazer e
sinceridade do mundo, eu respondo: “graças a Deus!”
E eu agradeço a Deus mesmo. Ser
corinthiano é um dos maiores prazeres de uma vida cheia de prazeres. Seja
rindo, chorando, xingando ou comemorando, ser corinthiano é achar em mim mesmo
a essência mais definidora e definitiva de mim.
As demais torcidas têm raiva da
nossa torcida porque nos afirmamos mais amantes do nosso time do que eles são
do time que os têm. Mas os fatos falam por si e aquele que certa vez falou que “todo
time tem uma torcida, mas o Corinthians é uma torcida que tem um time”, não poderia ter
sido mais feliz.
O Corinthiano é diferente. Ele
vai pra ver o time jogar. Ultimamente, acostumado que está a vencer, tem se
feito mais intolerante aos momentos de poucas vitórias ou de muitos empates.
Mas, em seu íntimo, sabe que a vitória é um mero acessório do principal que é
ver seu time entrar, jogar e ganhar.
E não há torcida igual.
Não há torcida capaz de encher
uma cidade inteira, com 500 ônibus saindo de São Paulo tremulando bandeiras
pela via Dutra, numa chegada tão apoteótica, que fez até mesmo Nelson Rodrigues
arrepiar. E se parece pouco, também digo
que não há torcida capaz de dar a volta ao mundo e ir ao Japão (mais de 20 mil)
só pra ver seu time jogar. Mas não foi só jogar... foi ver seu time jogar e ser
campeão.
Ah... aquele Corinthians campeão
absoluto do Brasil em 2011, da América em julho de 2012 e do mundo no fim desse
mesmo ano. Parecia até que os Maias acertariam. Eram muitas vitórias de um time
que calou um país inteiro que torcia contra, mas que tinha uma nação inteira
para por ele cantar e gritar: Vai Corinthians!
Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo
André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Jorge Henrique; Emerson e Guerrero. Antes do Guerrero,
Liedson. E apesar de todos esses, ainda um abusado, tal de Romarinho, que fez “La
Bombonera” não passar de um “saco de balinhas”. Todos regidos por um Tite que,
finalmente, se fez grande e entre os grandes se assentou.
Ainda assim, fico com o que canta
um corinthiano dos mais geniais, o grande Toquinho: Ser corinthiano é ir além
de ser ou não ser o primeiro. Ser corinthiano é ser também um pouco mais
brasileiro.
Ah, Corinthians... são 104 anos
de história, de conquistas, de aprendizado e de amor. Maior amor, maior
história e o melhor da vida! Parabéns, Corinthians! Parabéns pra todos nós que
temos você e somos de você...
Em 2011, ainda antes da Libertadores e do Mundial de 2012, escrevi, por ocasião dos 101 anos do Corinthians, o texto que traduz de forma definitiva o que é, pra
mim, ser “coríntia”. (clique aqui)
Então, só me resta dizer: Vai
Corinthians!”
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