Nas últimas horas me peguei
fazendo uma viagem ao passado. Meus pensamentos viajaram para outros tempos,
reviram antigas histórias, assistiram um vídeo de uma vida que nem sempre é
agradável fazer rodar. De repente comecei a me questionar sobre o quanto a vida
da gente pode ser rápida em algumas mudanças. Comecei a ver quantas pessoas
apareceram e fizeram parte de algum momento da minha história. Como ocuparam
dias, noites, semanas e era bom... mas agora, muitas vezes, é menos do que
nada. E daí fui grato. Fui grato pelo que já não é mais, mas ainda lembro, mesmo que
do outro lado faça parecer ser errado lembrar. Fui grato por tudo aquilo que eu
vivi, que eu escolhi, que eu estava ali disposto a fazer acontecer... e que
aconteceu!
Claro que muitas pessoas que conviveram comigo tem todo o direito de terem mágoa por algo que fiz. Perfeito nunca fui, muito embora muitas vezes tenha querido parecer. Mas muitas se mantiveram por perto e, talvez, eu tenha algum mérito nisso. Nem que meu mérito tenha sido ser estranho (ou diferente).
Claro que muitas pessoas que conviveram comigo tem todo o direito de terem mágoa por algo que fiz. Perfeito nunca fui, muito embora muitas vezes tenha querido parecer. Mas muitas se mantiveram por perto e, talvez, eu tenha algum mérito nisso. Nem que meu mérito tenha sido ser estranho (ou diferente).
Quanto a quem abriu mão de mim,
hoje eu me permito pensar que foi pior pra quem se foi. Sim. Eu valho a pena,
como, provavelmente, você que me lê também vale e como valia quem não está mais
perto de mim. Não somos nós que perdemos quando alguém não nos diz o sim que
queríamos ou, pior, quando esse alguém se esconde de nós e do que sentíamos (os
dois). Quem perde é quem diz o não e não se permite conhecer a delícia do sim;
quem perde é quem desiste ou quem não tenta ou quem tem medo ou quem tem outra
prioridade. E, mesmo que esse alguém ganhe depois, não importa, ninguém que
seja o outro pode ser melhor do que seríamos, porque só nós é que sabemos quem
somos e o que faremos de quem entender a verdade que há no nosso coração.
Mas é ruim.
É ruim ser estranho a quem já foi
próximo.
É ruim ter medo de ligar, ter
medo de mandar uma mensagem no ‘whatsapp’ ou mesmo um oi no chat do facebook. É
ruim chegar o aniversário e você não saber se é só mais um a mandar os parabéns
no “mural” ou tem o direito de ser pessoal e poder, pelo menos, ouvir a voz que
diz obrigado ou perceber o sorriso de quem você fez feliz.
É ruim você não saber se é tão
inconveniente ao ponto de ter sempre a sensação de que todo OI que você recebe
vem acompanhado de um “preciso ir”, “não posso falar”, “outra hora a gente
conversa”. Você fica assustado. Aquela pessoa não era assim. Ela que te fazia
bem agora te assusta. Você imagina um presente e, na mesma hora, acha que ela é
capaz de devolver e você não entende nada, só entende que se é que foi, já não
é mais...
Pior pra ela.
Você se mostrou. Ela te viu. Você
lhe pediu. Ela negou.
Quem perde é quem diz não. E pode
até ganhar, mas foi menos. E vai ter que aprender a se contentar com o pouco
que é tudo que não é você.
O importante é sempre ter mais
para mostrar? Você tem? Ela viu?
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