segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sonhos e Fantasias




Um dos filmes mais sensacionais que já assisti é “A vida de David Galé”. No início desse filme, o protagonista, um professor universitário, em meio a uma aula, indica aos alunos uma série de conceitos sobre a felicidade. Entre esses conceitos, citando de Pascal a Lacan, ele lança a máxima de que “só somos verdadeiramente felizes quando sonhamos acordados com a felicidade futura”.
Confesso que essa frase me impactou. E forte. Ela me exigiu uma necessária e inevitável reflexão. Acredito que deve ter mais de cinco anos que assisti a esse filme.
E por que eu me refiro ao filme?
Recentemente, em meio a uma rotina de conversa cada vez mais prazerosa, ao analisarmos nossos próprios comportamentos, concluímos que todos nós tínhamos a mesma mania de viajar com a imaginação. E é delicioso sonhar. Sonhar a vida real, sonhar a vida absurda... sonhar um sonho de amor, um sonho de riquezas, um sonho de fantasia...
Ah, as fantasias. Fantasio o tempo inteiro e a medida que me relaciono às outras pessoas percebo que não só eu e é quando me pego pensando na frase do filme: só somos verdadeiramente felizes quando sonhamos acordados com a felicidade futura.
E é verdade. Quando olhamos lá na frente e nos vemos felizes, não importa como, não importa com quem, sentimos uma felicidade que é daquele dia que talvez não chegue, mas no dia que já nos chegou. E mesmo que o sonho seja tão frágil quanto um biquíni de chantilly que se desfaz nas águas da cachoeira, é importante que se sonhe. Nos sonhos somos reis, heróis, infalíveis em tudo... nos sonhos nós somos felizes.
Sonhar não implica em deixar de viver. Antes, o sonho é o prenúncio da realidade que nos chegará. Não devemos sonhar se não for para querer fazer do sonho a realidade de amanhã. Sejamos, pois, sonhadores em tudo, sem medo de sonhar.

Nenhum comentário: