sábado, 26 de dezembro de 2009

Não tenho mais cabeça

Perguntei à minha avó qual seria um bom tema para escrever após tantos dias sem postar um texto aqui no blog. Sua resposta: - Ah, eu não tenho mais cabeça para essas coisas! Pois bem. Como aqui não se perde nada (nem a preguiça), aproveitemos o que nos é surgido. Afinal, somos ou não somos vários os que não têm mais cabeça?

Por exemplo, aqui de São Paulo, de onde surgem essas mal traçadas linhas, já não tenho mais cabeça para o trânsito. Afora o atipismo destes dias natalinos onde os carros se trancaram nas casas dos que se foram, não houve dia dos dias em que aqui estou, que não precisei de hora e meia para percorrer metade de cem quilômetros... não tenho mais cabeça para o trânsito, mas mesmo sem cabeça, vivamos em trânsito, seja daqui pra acolá, seja de lá para cá.

Há quem não tem mais cabeça para as desilusões amorosas de uma vida em que aquilo que se experimentou fora pouco mais do que aquilo que se sonhou fosse o amor que se viesse viver.
Para não se falar dos que perdem a cabeça ainda antes da experimentação em volúpia do corpo desejado. Um impulso forte que impele aonde haja o destino que se quer desde o instante em que olhos e todos os sentidos pensam que serão um de agora à além... mas no fim não experimentam (quando experimentam ao menos se encontra uma razão).

Mais trágico é o destino de “Luíses”, “Joãos” e “Robespierres” que pela ambição de uns (poder, mulheres e mais poderes) viram-se sem cabeça, mas sem a chance de voltarem da “viagem” que se deixaram ir, já que não mais o pensar se foi além, mas do pescoço a cabeça deixaram-lhes sem.

E por falar em Natal


Falaria de Natal se ainda houvesse algo por dizer.
Do Natal nem sei se gosto. Se simboliza o nascimento de Cristo ou o início da vitória do Cristão, não é preciso que eu diga. São muitos os que dizem.
Mas depois de um ano inteiro o Natal chegou. Presentes se deram, felicitações se fizeram e glutões se encheram. Gostou-se do que se provou e sorriu-se do que se contou.
Agora é o Réveillon que nos espera, para logo após o Carnaval, Páscoa, aniversários e... Natal de novo, com o mesmo espírito natalino e, qual seja, o consumismo exacerbado e incontido e que tanto enche de contentamento os corações comerciantes.
Mas natal é bom (dizem). Então, bom natal.
E que, ao menos, lembremos do Cristo que nasceu, morreu e ressuscitou. Da Estrela que em Belém brilhou e dos anjos que desejaram Paz na Terra e aos homens de boa vontade.
E que estejamos todos aqui no nosso próximo natal.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Adivinhe o que é...


A leveza de um movimento lento, ritmado em alternâncias de momento, seja acima, seja abaixo.
O silêncio dos olhares, fixos em si e que se assistem à medida que sobem e descem acompanhados de um murmurar desconexo.
A violência do voltar de onde se partiu a consumir-se de um calor que se faz sentir de dentro, a cada novo (mas repetido) movimento.
A escuridão quebrada pelo raio da lua a trazer o vulto que se precisa ver e que revela a razão desse devaneio viril.
Um encontro mais que perfeito onde o que se recebe é propício ao que se dá e nessa troca vê a vida indo além.
A cumplicidade de uma adoração que se faça recíproca onde as almas se encontram a se tocar.
Um se revelar inocente (com “um que” de indecente) enquanto se esquece o que se era e abandona o que será.
Onde ao fim do que se começou a sensação se faz ainda melhor, mesmo que em meio à paz que só se sabe no depois.
Para que após todos os após, a convergência se faça vivida e sentida no reencontro dos que ainda não disseram “adeus”.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Psicografia de outra

Psicografia de outra

Fez-se como se queria ser
Uma escolha toda dela
Mulher meiga e bela
Aprendendo a viver.

Era algo que, no entanto,
Se fazia mais e mais sentido
Forte, intenso, doído
Mas todo cheio de encanto.

Uma vida assim particular
Inteiramente sentida
Solitariamente vivida
Mas sempre pronta a amar.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Amor é para todas as idades


Não havia barreiras. Não havia limites.
Se eram dois, como dois eram, queriam-se em um desejo intenso que se ia além.
Era um querer forte que de tão pungente, na ausência do outro fazia doente e no encontro de dois era mais que indecente... um indecente inocente. Não da inocência pueril que se perde na idade, mas a inocência do que não tem culpa. Era um para o outro sempre que eram os dois.
Enquanto se pediam ouviam a natureza se fazer mais forte. Natureza de gente, natureza da gente... a intensidade a olhos de censura parecia descabida, mas como em movimento de descida, deixava-se levar.
Não haveria rotina que os alcançasse e a vida era a prova mais precisa. Os anos lhes passava e o bem querer que muitos julgam se fazer ausente onde o tempo é passado e presente, lhes era o que ainda para sempre lhe seria: a mais terna e amável companhia.
Não era das primeiras vezes que se tinham, mas decerto não lhes seria a última. E se a idade lhes podia ser um fardo, a eles só era o deleitar nas lembranças de quando se começou, ou dos perdões que se perdoou e até dos carinhos recomeçados a cada novo recomeço.
Anos se passaram e nesses anos sempre queriam pensar se conhecerem, mas nunca o bastante. O novo dia sempre lhes nasceria e no seu encalço a noite os alcançaria, mas como dona de mistérios, sozinha não se permitiria. Viria repleta de nuances mais novas a se descobrirem a dois.
Se o primeiro ano foi bom, os que se seguiram até o vigésimo o foram também e os que lhes viriam (e vieram!) lhes melhorarão e serão melhores.
Sabem que se bastam um ao outro: um encaixe perfeito, qual acorde bem feito, que ao menor resvalar de um simples movimento feito em exato momento, faz da terra em céu se tornar.
E provam que o amor não tem idade, tampouco, prévia validade, desde que se queira viver a vida a se amar...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Jesus: o verdadeiro mediador


I João, Capítulo 2

1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
3 ¶ E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.

À medida que os anos passam, ao contrário do mundo se sentir mais próximo de Cristo que voltará, vê-se distante daquele Cristo que morreu. Essa distância que o separa de Deus abre espaço para o pecado. E o que é o pecado? O Pecado é o agir contra a vontade de Deus e se a aprendemos (porque Ele não a escondeu de nós) o fazemos quando meditamos na sua palavra de noite e de dia.
Ao contrário do que disse o poeta, Deus foi sim feito para que pensemos nEle, seja quando diante das maravilhas que Ele fez com suas mãos; o mundo que Ele criou, os livramentos por Ele proporcionados e, principalmente, no plano de salvação pelo qual Ele nos enviou seu único filho para que, como cordeiro imaculado, fosse levado ao sacrifício e morresse a morte que era nossa, para que nós vivêssemos uma vida que é Sua.
O pecado é da natureza do homem desde o Éden quando pecaram Eva e Adão. O inimigo de nossas almas a quem a Idade Média batizou Lúcifer e a Bíblia se refere a Satanás, diabo, rei de Tiro (Ezequiel 28), tem como objetivo levar os homens a viver uma vida de pecado, sendo que ele “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pedro, 5:8).
É fato que Deus não contempla o pecado e nem o admite, mas é ainda “mais fato” de que Ele ama o pecador e está sempre pronto a perdoá-lo, não importa a extensão desse pecado.
O excerto bíblico traz uma recomendação logo de início: não pecais! Entretanto, nascemos e morreremos pecadores. O que nós não podemos é nos deixar dominar pelo pecado e nem sentirmos prazer em viver pecando. Ora, quem vive uma vida de pecados não pode agradar a Deus.
Mas o que há de mais lindo: não importa a vida de pecado que você ou eu vivemos, há um Cristo que morreu na cruz para que, em nome do Seu sacrifício, alcancemos perdão junto a Deus e é Ele quem nos justifica perante o Pai.
São muitos que aprendem a rezar para quem interceda por seus pedidos junto a Deus. Há receitas para que determinado homem ou mulher que se crê, soube viver uma vida de santificação, valha-se disso para reforçando um desejo, tocar o coração de Deus para nossas causas. Não é o que Cristo mandou.
Não importa o tamanho da tua fé. Importante é que ela seja direcionada para quem tem o verdadeiro poder de te ajudar.
Após a morte todos os homens que creram em Deus e na palavra de Cristo têm o mesmo destino. Vão gozar as maravilhas que Deus tem preparado para seus justos. Não recolhem nossas orações e levam para Deus. Contudo, a Bíblia, esse livro maravilhoso e que nos revela as belezas de se viver a vontade de Deus, nos diz que há quem advogue por nós e que esse advogado é um só: Jesus Cristo o filho de Deus que morreu na cruz no Calvário, mas que ao terceiro dia ressuscitou e subiu aos céus para interceder por cada um de nós.
Jesus se fez homem como nós e provou que os homens podem viver uma vida de amor a Deus, deixou seu exemplo para que o sigamos e hoje é quem intercede por nós. Se fez em Cordeiro que tira o pecado do mundo e deixou claro que só Ele “é o caminho, a verdade e a vida e ninguém vai ao Pai se não” por Ele (João 14:6).
Abramos nossos olhos e contemplemos não a cruz que mostra um Cristo sofrido, cheio de dores e humilhado pelos homens, mas sim, a Cruz vazia, símbolo da vitória dEle contra o diabo e que nós diz que o diabo pode tê-lo ferido o calcanhar, mas foi Ele quem lhe pisou a cabeça (Gênesis 3:15) e nos faz hoje “mais do que vencedores” porque Ele nos amou.
Se você precisa de perdão pelos teus pecados ou tem um desejo no teu coração que te fala forte, feche os teus olhos e peça para Deus e tudo quanto pedir, peça em nome de Jesus, porque só Ele é quem pode interceder por você perante Deus.
Creia e faça prova da maravilha que é o amor de Deus!

A inocência de quando se quer...


Se minhas palavras fossem mais que palavras
E por mais que seriam fossem feitas de gestos
Todos eles teriam o mesmo objetivo,
Invariavelmente a mesma intenção
Soariam suaves como teu beijo
E buscariam o toque da tua mão.