segunda-feira, 28 de maio de 2012

Que tal prender o Lula?


Temos fundamento jurídico para prender esse cidadão. (Art. 312/CPP).
Eu jurava que não usaria mais O Trovante para falar do Lula.  Aqui no Brasil ainda é difícil falar no ex-presidente sem que isso gere reações exacerbadas daqueles que são apaixonados por essa pústula que à custa de toda sorte de desfaçatez enganou o povo brasileiro.
Há muito que estou convencido que a história – a julgadora mais implacável! – mostrará quem foi esse déspota que, qual diro, voltou-se contra o que há de mais caro a um Estado que se quer democrático.
De pronto o que penso é que o ex-presidente, provavelmente por próximo da morte, tenta reescrever a história para que esta lhe absolva dos pecados que fez enquanto ocupava o posto mais alto do país. Demagogo, viperino e prepotente, desde os primeiros dias de seu governo demonstrou seu desprezo às instituições que garantem o equilíbrio do nosso Estado Constitucional.
O sistema de freios e contrapesos não é mero acaso. A ideia sempre foi evitar o governo absoluto, despótico, ditatorial. A própria Constituição Federal de 1988 veio para garantir a independência e a harmonia das instituições para que, cada qual conforme suas atribuições constitucionalmente postas.
Mas o então Presidente se queria rei. Queria mais. Não apoiava Fidel, Chaves, Gadaffi e Ahmadinejad por mero acaso. Mas sim, porque os admirava. Porque se queria como eles e, não tendo meios de fazer a revolução no Brasil, preferiu desacreditar os demais poderes e fazê-los subservientes a si.
Primeiro com o mensalão, garantiu uma primeira metade de governo quase monárquica. Com o Congresso submetido ao seu alvedrio, fazia e desfazia como bem entendesse, pouco preocupado com a responsabilidade inerente ao cargo que ocupava, responsabilidade essa imposta pela própria Constituição a qual ele jurou respeitar.
Mas o que é um juramento para um mentiroso?
Agora, fervilham os noticiários a respeito desse absurdo que foi a tentativa de constrangimento (e por que não dizer, coação?) que o ex-presidente sujeitou um ministro da Corte mais alta do Poder Judiciário do Brasil. Não bastasse, deu-se por se gabar de buscar o mesmo apoio de outros ministros do STF como se fossem todos subservientes do próprio interesse desse nauseabundo.
Sejamos práticos e jurídicos.
O artigo 312 do Código de Processo Penal, ao regular a prisão preventiva, dispõe que a mesma “poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”.
Alguém tem condição de questionar que esse senhor abjeto, quando tenta cooptar os Ministros do STF para o seu interesse, age de modo a afrontar a ordem pública? Que esse sujonolento, ao marcar reuniões com o intuito de chantagear os julgadores de um processo em que seus pares são réus, busca prejudicar a instrução criminal? Alguém ainda se atreve a dizer que, no caso do Mensalão, não há indício da existência de crime, bem como de sua autoria?
Ora, fosse qualquer outra pessoa que se valesse do expediente adotado pelo funesto ex-presidente e ela estaria posta atrás das grades em nome da conveniência da instrução criminal.
Lula deseja a impunidade. Quer ajudar a levar o crime de seus comparsas à prescrição.
Lula age contra os melhores interesses de uma nação e rasga a sua Constituição quando, mesmo fora do poder, quer agir como o tirano que sempre se soube.
Lula ri da cara do brasileiro e ainda há quem o defenda em nome das migalhas que ele ofereceu.
Lula enxerga um país como se fosse um sindicato em que se negocia ao cair da noite quando, por sua condição, deveria ser o primeiro a se aviltar com essa prática.
Mas Lula, cada vez mais, é sinônimo de corrupção.
Enfim, que tal levar o Lula à prisão?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Se melhorar estraga?


A Bíblia conta uma história de uma mulher que não tinha filhos e que, tendo recebido a visita do profeta, foi abençoada por ele e deu à luz a um menino. Passados alguns anos, esse menino caiu gravemente doente e veio a falecer.
A mulher então, irresignada, dirige-se à residência do profeta que, ao avistá-la ao longe, determinou a seu ajudante que fosse até ela e perguntasse se estava tudo bem. O rapaz, seguindo ordens precisas do profeta lhe perguntou: “Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho?” No que a mulher, que horas antes havia perdido o filho, respondeu-lhe que sim. Como esse texto não é um texto bíblico, cumpre só que eu diga que em razão da fé da mulher o profeta orou a Deus que, por Sua vez, devolveu a vida ao filho da mulher.
A mulher respondeu que sim porque sabia que o ajudante do profeta não poderia fazer nada e que, só valeria a pena “se queixar” com quem pudesse resolver.
Mas, mesmo assim, agora sou eu que te pergunto: Vai tudo bem contigo?
A “etiqueta do chat virtual” implica sempre num mesmo início de conversa: “Oi, tudo bem?” , seguida de uma resposta quase automática “Tudo e você”, por sua vez, treplicada por um “tudo bem também”.
Mas será que está mesmo?
Há os que defendem que não vale a pena se queixar da vida, que isso atrai energias negativas e que as energias negativas acabarão deixando a vida ainda pior.
Existem, ainda, os que querem que todos saibam que ele é feliz, ainda que por dentro esteja morto.
Claro que há, também, aqueles que estão mesmo em um dia de graça, daqueles em que o céu parece mais azul, as árvores mais frondosas e até o feio é bonito.
Nas três situações, todos estão bem. Mas dá pra melhorar?
Quem nunca ouviu a expressão: “se melhorar, estraga”?
Eu não consigo entender o seu sentido. Como que é possível que algo que já é bom, ficando melhor, seja ruim?
Sempre dá pra melhorar e, se dá pra melhorar, melhoremos então. Ficar melhor é mais do que bom. Até porque, só falar não resolve muita coisa (pra não dizer que não resolve nada).
É certo que nossa vida é feita das escolhas que fazemos. Como é certo, também, que essas escolhas se fazem e surgem conforme certas circunstâncias que muitas vezes parecem impostas. E é justamente por ser tudo isso certo que não devemos lamentar nossa vida. O que somos hoje é fruto daquilo que nos fizemos a nós mesmos. Somos hoje o que fomos ontem e amanhã seremos o que fizermos hoje. A culpa é sempre nossa e não adianta querer lançá-la a mais ninguém.
E daí eu percebo que quando não se tem nada, há força para se buscar tudo e, com isso, alcançar algo. Agora, quando se tem algo – por pouco que seja – acabamos resignados no que obtivemos e nos permitimos viver uma vida de menor ambição.
Simplesmente nos contentamos e ficamos sendo o que já somos (mesmo quando nem somos tanto assim).
Ora, não fiquemos parados aonde chegamos. Viver, por si só, é um desafio e a vida se vive é para frente. A vida chegará a algum “depois”. Por isso, não se contente com o seu já, porque o já de agora é pouco perto do que pode ser o “já” de amanhã. Se está bom, cuida para que não fique ruim.
Mas cuidado mesmo! Não se deixe tomar pelo descuido que faz com que percamos o interesse no que já temos. Não se iluda e nem se permita iludir por essa teoria tão em moda do desapego.
Sim, precisamos deixar para trás aquilo que nos impede de seguir em frente, mas precisamos ter certeza sobre aquilo que deixaremos para trás. Faça daquilo que você já tem o ainda melhor do que você terá. E reconquiste! E reviva! E refaça! Se redescubra! O que você precisa já está, desde sempre, em você – e só em você!
Não fiquemos parados apenas gozando o que já temos. Vamos ousar. Vamos fazer ficar melhor.
O que estraga é não cuidar do que se tem, pensando, que o que se tem, pra sempre se terá. E é muito bom saber que mesmo o bom ainda pode ficar melhor.
Se melhorar estraga? É claro que não.  

terça-feira, 22 de maio de 2012

Eu acreditei na Xuxa!


Esse texto é uma resposta ao texto do blog "O Percepcionista" do prof. Bernardo Penna, quando ele pergunta em seu texto "Você acreditou na Xuxa?". (http://opercepcionista.blogspot.com.br/2012/05/voce-acreditou-na-xuxa.html#comment-form)

Vamos às minhas impressões. 

É óbvio que não se pode acreditar em tudo que se vê na TV, seja a emissora que foi, mas me parece que está havendo uma inversão.
Leio os comentários e "percebo" que muitos são movidos por uma antipatia à própria Xuxa.
Sim. EU ACREDITEI na Xuxa quando ela disse que sofreu abuso.
Não. Eu não acreditei na forma como ela relatou sua experiência.
Bons redatores existem aos montes e, com certeza, aqueles depoimentos não foram gravados em um único take. É certo que ela foi ajudada na hora de contar essa história, que suavizaram a versão, que destacaram um ponto aqui e outro ali e que, sim, ela tentou demonstrar uma emoção que os olhos negavam.
Mas daí achar que não havia verdade?
Trazer à baila o episódio do filme "Amor, estranho amor" como sinônimo de incoerência me parece um tanto mesquinho. Ali havia a Maria da Graça Meneghel, no auge dos seus 16 anos (o filme foi filmado em 1979), contracenando com um menino de 12 anos que, se estava ali, foi sob a autorização dos pais. Mais importante: a Xuxa não encarnava, sequer, personagem principal do filme, papeis esses que couberam ao Tarcísio Meira, à Vera Fischer e à Matilde Mastrangi, esses sim, nomes conhecidos.
Por que a Xuxa teria que dar nomes aos abusadores? Para que fizessem uma devassa ainda maior na sua vida? A exposição que ela fez já foi suficiente pra fomentar a discussão e se teve viés comercial por conta da audiência, e daí? Que diferença faz? Ela tinha que falar qual tipo de abuso ela sofreu? Ora, não basta ter sofrido abuso? Sob seu âmbito privado, ela aborda o que e como acha que deve abordar e, como figura pública, faz bem em preservar o que julga conveniente.
Lembro-me sempre de uma frase do Léo Jaime que, falando sobre o twitter, disse: "Tem gente que te segue no twitter só para te odiar bem de pertinho". Noto que há um certo prazer no brasileiro de atirar pedra nos famosos vivos para depois endeusá-los quando mortos.
E se o Senna foi mesmo o grande amor da vida dela? Ninguém tem condição de dizer que não foi. Ninguém conhece a intensidade do amor de ninguém e, por isso, não é capaz de julgar. Quantas e quantas pessoas perdem seus amores para o tempo, para a morte, para escolhas diferentes e, anos mais tarde percebem que não fizeram a melhor escolha, mas que é com essa escolha que elas têm que lidar.
E outra, a Xuxa não precisa de outro nome para promover seu nome. Quantos nomes são mais conhecidos do que o seu nesse país?
Me parece muito fácil criticar a Xuxa, a Globo, etc. O que me parece estranho é a tentativa que muitos vêm adotando de tentar desmistifica-la. Depois da Hebe não há apresentadora que atinja a importância dela na TV.
Ela tem méritos. Chegou onde chegou porque soube chegar. Teve carisma e, aproveitada como foi, teve senso se oportunidade.
Se ela reservou um andar inteiro do hospital, o que que tem? O Luciano Huck fez a mesma coisa pela Angélica e, se eles fizeram/fazem é porque tem dinheiro pra isso. Ou daqui a pouco vamos dizer que eles deveriam usar o dinheiro pra dar melhores condições de vida para os outros? Pra isso eles constituíram suas respectivas fundações.
Se ela sabe fazer dinheiro do dinheiro e de sua imagem, ótimo pra ela. Não acho que ela mentiu. Ela pode ter seguido um roteiro, mas ela é a XUXA e não precisava disso só para que falassem dela.
Não vejo o porquê de não lhe dar crédito.