terça-feira, 11 de maio de 2010

Para tudo que eu quero descer!


Parece que o Brasil é mesmo o país da piada pronta. E para isso, basta olhar pra Brasília. O descaratismo dos ilustres representantes do povo brasileiro alcançou um nível como ”nunca antes na história desse país”. Não sei se é conseqüência do descaso com a moralidade que vem tomando conta do governo Lula desde o primeiro mandato, seja com mensalão, sanguessugas, Duda Mendonça, Palocci e quebras de sigilo, CPIs, CPIs e mais CPIs a culminar no envolvimento do Senhor Secretário Nacional de Justiça (?) com a máfia chinesa que atua no Brasil.
Agora, em pleno ano eleitoral, o povo brasileiro é mais uma vez chamado de trouxa quando o líder, sim, eu disse Líder, do governo na Câmara vem aos microfones com a proposta estapafúrdia de se conceder um recesso extraordinário para que os engajados deputados possam acompanhar a Copa do Mundo (Ai que saudade de quando as notícias absurdas eram de Severino, João Paulo, Edmar “do castelo” Moreira e do seu mordomo-relator-lixador Sérgio Moraes).
O ilustre deputado (sim, o líder da corja) simplesmente afirma que não haverá quem os faça ir a Brasília para votações.
É o típico momento “para tudo que eu quero descer”.
Como assim não vão a Brasília? Como assim recesso? O eleitor também não trabalhará? O país inteiro parará ou só os picaretas, quer dizer, os congressistas – mesmo porque, uma casa presidida por José Sarney não tem mais qualquer escrúpulo que lhe reste para que não se junte nesse movimento.
A idéia é ainda mais absurda quando a gente pensa que estamos em ano de eleição. Pra começar, todos nós sabemos que a partir do segundo semestre inicia-se o chamado recesso branco. Empenhados em se reelegerem, os deputados e senadores comparecem as sessões uma semana em agosto, uma semana em setembro e, após as eleições, apenas os vitoriosos regressam para se rejubilar na estupidez do povo brasileiro.
Sim. Estupidez. Quem se arrisca a apostar que o “idiossincrático” Deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) não será reeleito pelos companheiros? Que não tentará levar a diante sua ambição de se tornar presidente da Casa do povo e, em conseqüência, tornar-se o terceiro na linha de sucessão presidencial?
E o povo brasileiro assiste passivamente esse carnaval de absurdos. Esse é o momento de espernear. De deixar claro que quem os obriga a ir votar é o próprio povo brasileiro. Não reeleger nenhum desses estelionatários do dinheiro público que se locupletam às custas da passividade de um povo brasileiro que parece, cada vez mais, “só ocupado em nascer e morrer”.
Não sei se é mais absurdo que lamentável. Mas sei que é os dois.

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