quarta-feira, 7 de março de 2012

E SE...?


Você já parou para notar como por causa de um simples detalhe a tua vida poderia ser completamente diferente?

É comum dizer que o “se” não joga o jogo da vida. Só que me parece, no mais das vezes, que é inevitável se pensar em “como teria sido se...”.

A vida da gente é só nossa e somos nós que fazemos da nossa vida aquilo que ela é. Mas não vivemos sozinhos. Muito do que fazemos, muito do que escolhemos e queremos é consequência das companhias que tivemos nos nossos dias, as companhias que compartilharam conosco nossas angústias, tristezas e alegrias, enfim, a nossa vida.

Mas e se essas nossas companhias não fossem as nossas companhias?

E se os teus pais tivessem escolhido ir para o sul ao invés de subir ao norte?

E se naquela noite em que você conheceu teu namorado, tua namorada (o futuro pai dos teus filhos), você tivesse resolvido ficar em casa e não o encontrasse nunca mais?

E se você não tivesse estudado naquela escola ou feito aquela faculdade? Não conheceria quem conhece hoje e a vida continuaria sem que se precisasse de quem, agora, parece ter nascido para completar a vida de você?

Certamente sim.

Toda nossa vida poderia ser completamente diferente do que é hoje, do que é agora, só dependendo do que tivéssemos escolhido ou do que tivessem escolhido pela gente.

Hoje você ama. Mas e se você não tivesse encontrado seu amor?

Hoje você está sozinha. Mas e como seria se tivesse pensado duas vezes antes de errar?

Hoje você não perdoa? Mas como seria se ao invés de reticente, você experimentasse perdoar esse perdão que parece distante, impossível?

Viver o hoje não implica em não projetar o amanhã. E, acreditar que tudo é por uma razão e que as coisas acontecem a seu tempo, não vai evitar que você pense em quanto tempo perdeu por não ter pensado que o melhor seria ter feito antes ao invés de deixar para experimentar só agora/depois.

O amanhã ainda não existe, mas pode ser que ele chegue. Se há a vontade no agora, não vale a pena testar sua força no depois. Nem tudo resiste ao teste do tempo (e a vida é a primeira a sucumbir). Não se arrependa do tempo em que você poderia ter vivido e não viveu. O quase vivo já não vive.

O que você deixa de fazer agora para, talvez, fazer amanhã, é tempo que você perde naquilo que te será bom. Pense: se amanhã você realmente perceber que dava para ter sido "desde ontem" foi tempo que você perdeu em que você poderia ter sido feliz (mas feliz de verdade e não no fullgás dos vários durantes que trazem o vazio de todos os depois).

Engana-se quem acha que o “se” não joga.

Pode ser que não adiante de nada você pensar em como teria sido o teu futuro (talvez o presente de agora) SE você tivesse feito diferente no passado de antes. Mas com certeza valerá muito a pena você pensar como será o teu futuro quando no momento das tuas escolhas de agora.

O SE do amanhã ainda joga e, dificilmente, vai parar de jogar.

2 comentários:

Fabiola disse...

...nem sempre ganhando, nem sempre perdendo , mas APRENDENDO a jogar ...

Rosilene Soares disse...

Adorei o texto, parabéns!