quarta-feira, 13 de março de 2013

Todo amor que houver nessa vida


Essa eu aprendi no blog da Fernanda Mello. Em um de seus textos ela falava que demorou anos para concordar com Cazuza quando ele cantava que queria “a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida”. Antes, ela achava que esse tipo de amor seria um tédio.
Ao longo desse texto ( Amar é Punk ) ela afirma que depois de anos escrevendo sobre querer alguém que lhe tirasse o chão, que lhe roubasse o ar, ela vinha humildemente se retificar. E ela afirma: “eu quero alguém que divida o chão comigo. Quero alguém que me traga fôlego.”
E confesso que, ao longo de 17 meses de 'solteirice', não foram poucas as vezes que me peguei imaginando qual o tipo de amor é o amor que eu quero. Continuo concordando com o pessoal do “Clube da Esquina”: "qualquer maneira de amor vale a pena; qualquer maneira de amor valerá!" Mas é qualquer amor o amor que me quero e o que acho que vale a pena querer mostrar ao oferecer?
Aqui nesse blog já se falou sobre amor, sobre paixão, sobre relações, encontros e despedidas. E tudo isso acontece na vida de todos nós.
Hoje, depois de algumas paixões, também quero quem some e compartilhe. Não faço questão de me sentir mais feliz do que a própria felicidade. Não quero o impossível, nem o improvável. Também não quero o que arrebata, nem o que faz querer cantar noite e dia. Não quero o amor que começa à toda e perde em força com o tempo. Nem o amor que parece tanto no início, mas era só a empolgação vinda do desespero de ser amado.
Claro que a paixão é boa. Gosto do amor tranquilo, mas também sei que o amor não sobrevive ao excesso de tranquilidade. O desejo é, sim, fundamental. E não acredito que possa existir amor carnal sem desejo e é claro que para que seja amor deve haver respeito – mas sempre com aquela pitada (necessária) de desrespeito que faz selvagem o encontro que é de alma, mas de carne também.
Amor de fruta mordida... Aquela que você experimenta, gosta e continua provando. Um amor que traz alento. O amor que faz com que se descanse ao lado de quem se gosta e faça com que o sono seja natural.
Eu quero um amor. Sim, eu quero. Mas quero o amor que chegue de surpresa e me surpreenda. Não posso percebê-lo antes de amá-lo. Tem que ser de surpresa, sem perceber. Gostar sem nem perceber que já está gostando. E, quando vier, que venha aquele que me dê paz, que me faça querer ser melhor, me faça querer crescer e que, então, cresça comigo, se faça melhor por mim e sinta a paz que virá do encontro de amor com o meu amor. Um amor que faça e saiba fazer feliz.
Sim. Amar é punk como a Fernanda escreveu, mas amar (e ser amado) também é sorte. E que sorte... 

3 comentários:

Rosilene Soares disse...

Que sorte!
Faço minhas as suas palavras rs.

Angel Liotto disse...

ahhh chegou alguém na minha frente...rs...
Desse eu queria ser a primeira!!!...rsrs...
Como é bom ler no presente...que gostoso!!!...rs...
Como disse a Rosilene,

"faço minha as suas palavras"

Parabéns, ficou ótimo...sendo a fruta mordida ou não...rs...ta ótimo!!!

Ana Timoteo disse...

Ótimo..
"Faço minhas as suas palavras.."