Essa eu aprendi no blog da
Fernanda Mello. Em um de seus textos ela falava que demorou anos para concordar
com Cazuza quando ele cantava que queria “a sorte de um amor tranquilo com
sabor de fruta mordida”. Antes, ela achava que esse tipo de amor seria um
tédio.
Ao longo desse texto ( Amar é
Punk ) ela afirma que depois de anos escrevendo sobre querer alguém que lhe tirasse
o chão, que lhe roubasse o ar, ela vinha humildemente se retificar. E ela
afirma: “eu quero alguém que divida o chão comigo. Quero alguém que me traga
fôlego.”
E confesso que, ao longo de 17
meses de 'solteirice', não foram poucas as vezes que me peguei imaginando qual o
tipo de amor é o amor que eu quero. Continuo concordando com o pessoal do “Clube da
Esquina”: "qualquer maneira de amor vale a pena; qualquer maneira de amor valerá!" Mas é qualquer amor o amor que me quero e o que acho que vale a pena querer
mostrar ao oferecer?
Aqui nesse blog já se falou
sobre amor, sobre paixão, sobre relações, encontros e despedidas. E tudo isso
acontece na vida de todos nós.
Hoje, depois de algumas paixões,
também quero quem some e compartilhe. Não faço questão de me sentir mais feliz
do que a própria felicidade. Não quero o impossível, nem o improvável. Também não
quero o que arrebata, nem o que faz querer cantar noite e dia. Não quero o amor
que começa à toda e perde em força com o tempo. Nem o amor que parece tanto no
início, mas era só a empolgação vinda do desespero de ser amado.
Claro que a paixão é boa. Gosto do
amor tranquilo, mas também sei que o amor não sobrevive ao excesso de tranquilidade.
O desejo é, sim, fundamental. E não acredito que possa existir amor carnal sem desejo e é claro que para que seja amor
deve haver respeito – mas sempre com aquela pitada (necessária) de desrespeito que faz selvagem
o encontro que é de alma, mas de carne também.
Amor de fruta mordida... Aquela
que você experimenta, gosta e continua provando. Um amor que traz alento. O amor
que faz com que se descanse ao lado de quem se gosta e faça com que o sono seja
natural.
Eu quero um amor. Sim, eu quero.
Mas quero o amor que chegue de surpresa e me surpreenda. Não posso percebê-lo
antes de amá-lo. Tem que ser de surpresa, sem perceber. Gostar sem nem perceber
que já está gostando. E, quando vier, que venha aquele que me dê paz, que me
faça querer ser melhor, me faça querer crescer e que, então, cresça comigo, se
faça melhor por mim e sinta a paz que virá do encontro de amor com o meu amor. Um amor que faça e saiba fazer feliz.
Sim. Amar é punk como a Fernanda
escreveu, mas amar (e ser amado) também é sorte. E que sorte...
3 comentários:
Que sorte!
Faço minhas as suas palavras rs.
ahhh chegou alguém na minha frente...rs...
Desse eu queria ser a primeira!!!...rsrs...
Como é bom ler no presente...que gostoso!!!...rs...
Como disse a Rosilene,
"faço minha as suas palavras"
Parabéns, ficou ótimo...sendo a fruta mordida ou não...rs...ta ótimo!!!
Ótimo..
"Faço minhas as suas palavras.."
Postar um comentário