sábado, 19 de outubro de 2013

Chega de pessimismo: viva você! (vai dar certo)

As pessoas andam pessimistas. Cada vez mais as pessoas duvidam da felicidade – e eu já nem ouso me referir à felicidade enquanto um estado de espírito recorrente. As pessoas parecem já duvidar até da possibilidade da simples felicidade experimentada num instante em que tudo parece bem ou bom.
É triste, mas é isso. Ao que parece a grande maioria de todos simplesmente desistiu. As pessoas não contam mais com a felicidade como um objetivo a ser alcançado. Lavaram as mãos. Jogaram a toalha. Agora, se vão à luta, o fazem em busca de alguma outra forma de satisfação. E é aí que fazem tudo errado, metem os pés pelas mãos.
Quando as pessoas começam a achar que nasceram para ter a vida que não querem (ou que são quem falharam ser), são tomadas por um sentimento que encobre o que pode haver de bom. Nem tudo dá errado, mas nessa fase parece que tudo dá errado. Deixam de olhar para o que têm e lamentam tudo aquilo que – muitas vezes – não têm porque, de verdade, não querem. Se quisessem, teriam.
Perdem-se em tantos quereres que acabam perdidas de si. Ficam presas numa vontade, numa fantasia, numa mentira que é só causa de insatisfação. E o resultado disso? Mais pessimismo! – o que, trocadilhos à parte, é péssimo.
E começam a mentir pra si mesmas. Escolhem exclusivamente o agora. Abusam do carpe diem. Vivem loucamente como se não houvesse o amanhã porque sonhar o depois, se vendo triste, é ser triste duas vezes e por antecipação. E daí, pra dizerem que não são sozinhas, buscam o sexo sem compromisso, o álcool sem controle, festas e mais festas sob o som de uma música que cala qualquer pensamento com o objetivo de que as pessoas não olhem para si e reflitam o quão pobre de si mesmas são. Elas querem preencher o vazio da falta de uma companhia, mas parece que nem consideraram a ideia de – efetivamente – terem uma companhia.
A maioria das pessoas não quer, realmente, por exemplo, transar pelo simples prazer do sexo. Eu não quero, você talvez também não queira. Você quer carinho, você quer ternura, quer beijos antes, durante e depois. Quer um prazer completo que venha do encontro de outra alma que se enamore de você até mais do que os corpos se desejam um ao outro. Mas muitas vezes, como desistiu de ser feliz, acha que não encontrará o sexo que, mais do que transa, seja um encontro de amor. E então transa! Um hoje, outro amanhã, talvez até repita algum por uns dias, mas não passa de transa e, se tiver sorte, orgasmo (que até te deixa leve, só que leveza não é felicidade se, no outro dia, tua vida ainda é vazia).
Você não quer, realmente, ser uma mulher profissionalmente bem-sucedida, inteligente, independente e que vive sozinha. Mas daí você pensa que a vida a dois anda tão difícil, começa a achar que os homens querem mulheres fúteis, dessas que acham que a vida é malhar perna e glúteo capazes de tudo e sem qualquer inibição e, por pensar que não te quererão quando você quiser, faz de conta que é você que não quer ninguém e nem percebe quando ao teu lado está alguém que quer mudar tua vida pra uma nova vida melhor do que a que você sempre sonhou. Mas é que você cala, porque tem medo de sonhar. E fica se lamentando calada e mentindo pra si mesma dizendo que tudo está sendo como você pensava que deveria ser. Você até escolheu assim. Mas por um motivo que te enganou.
Não se prenda aos “nãos” da vida por medo de que não te venham “sins”. Não tenha medo de tentar de novo porque não conseguiu até agora. Não tenha medo de chorar quando o contrário do choro é riso. Apegue-se no que pode dar certo. Permita-se. Se entregue a uma vida que seja 100% você: você com vontade de você sendo quem você quiser ser.
Não se amarre ao passado e nem sujeite teu futuro ao sonho de um tempo que não virá. A vida anda pra frente e é pra lá que se deve olhar. Não lamente a sorte que não é tua e nem se esconda do presente, esse sim, teu. Faça! Vá! Corra... pros braços que te querem, pra vida que te espera, pro futuro que já é. Queira o novo, mesmo que seja querer o que já se tem de novo e de novo. É possível amar e re-amar um amor que sempre se deve renovar.
Querer, pensar, sofrer, lembrar... tudo é escolha, inclusive deixar de viver (e ser você) por medo do que pode vir a ser continuar. Mas não tema! Viva! Só que viva você...

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