sábado, 11 de fevereiro de 2017

No dia do dia dos meus anos...

No dia do dia dos meus anos não havia festa, nem o que festejar 
Cerraram-se sonhos e planos de que já nem me é dado falar.
No dia do dia dos meus anos o que sobrava era o pranto seco que não sabia rolar.

No dia do dia dos meus anos celebravam-se derrotas e desenganos... mil enganos. 
Era a história mais risonha de uma vida medonha de quem não sabe gostar. 
No dia do dia dos meus anos eu não via a hora do dia acabar.

No dia do dia dos meus anos o sol nasceu apagado e a lua surgiu sem luz
Era um dia que não tinha razão de brilhar
No dia do dia dos meus anos macerados éramos o sol, eu e o luar.

No dia do dia dos meus anos havia fúria presente em mim que me queria ausente 
Nada do que havia me fazia contente
Justo no dia do dia dos meus anos descobri que pensava gostar um gostar diferente. 

No dia do dia dos meus anos somei tantos que já não quis nenhum.
O enfado vinha do fado de saber que depois de tantos não gostava de nenhum. 

No dia do dia dos meus anos o que era não foi. E a história aqui se encerra.


02/2017

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