quarta-feira, 25 de novembro de 2009


PASSADO DA MULHER AMADA

Teu passado me consome a alma
Toma-me de súbito e me invade as idéias
Terrível visão dos outros que estiveram contigo
Tento afastar-me dos pensamentos maus.

Oh! dor que não se entende como dói
Oh! dor que não devia nem doer
Mas que se desperta na lembrança simples
De quem lembra do que nada viu.

Chegam-me notícias no silêncio
Assaltam-me às madrugadas
Não sei se sou eu que as procuro
Ou se elas que procuram a mim.

Por que tiveste que ter um passado?
Por que simplesmente não fomos
Eu pra você, você pra mim
E a gente pelo amor?

Que torrente súbita é essa que quer levar-me?
Devaneio insano e forte que se acende em meu ser
Quisera não me importar esse tanto.
Quisera apenas me importar em viver,

Mas o agora tinha que se perder perto do antes?
O agora se quer deveria ser comparado ao antes
Se te amo é pelo que és e fazes no agora
Amo-te tanto que já nem cabe o “se” de antes.

Mas sei que ainda pensarei e doerá
E lamentarei não teres sido sempre só minha
E que nesse dia não esteja sozinho a me angustiar
Mas ao teu lado, pra que toda dor me ajudes passar.
maio/2007

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