terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Adivinhe o que é...


A leveza de um movimento lento, ritmado em alternâncias de momento, seja acima, seja abaixo.
O silêncio dos olhares, fixos em si e que se assistem à medida que sobem e descem acompanhados de um murmurar desconexo.
A violência do voltar de onde se partiu a consumir-se de um calor que se faz sentir de dentro, a cada novo (mas repetido) movimento.
A escuridão quebrada pelo raio da lua a trazer o vulto que se precisa ver e que revela a razão desse devaneio viril.
Um encontro mais que perfeito onde o que se recebe é propício ao que se dá e nessa troca vê a vida indo além.
A cumplicidade de uma adoração que se faça recíproca onde as almas se encontram a se tocar.
Um se revelar inocente (com “um que” de indecente) enquanto se esquece o que se era e abandona o que será.
Onde ao fim do que se começou a sensação se faz ainda melhor, mesmo que em meio à paz que só se sabe no depois.
Para que após todos os após, a convergência se faça vivida e sentida no reencontro dos que ainda não disseram “adeus”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo, sensual, que palavras belas...adorei...parabéns...Bjs Katarine