terça-feira, 9 de julho de 2013

O amor é mesmo Fundamental? (Sim! E é impossível ser feliz sozinho...)

Essa semana me deparei com uma frase da Fernanda Mello. Nessa frase ela dizia que “amar virou coisa de gente corajosa”. E mais uma vez a Fernanda acertou. Nos dias atuais só quem é muito corajoso tem se atrevido a amar (e alguns precisam de coragem para se atrever até a quererem amar).
De minha parte, amar é sinônimo de felicidade e a felicidade não é uma estrada que se atravessa sozinho. Cada dia eu concordo mais com Tom Jobim quando canta que fundamental, mesmo, é o amor e que é impossível ser feliz sozinho.
Acredito do fundo do meu coração que todos merecem achar a paz e a felicidade, ao mesmo tempo que, a mim, o que me parece é que todos os querem por igual, até porque, a reclamação que mais ouço e leio, seja de homens, seja de mulheres é a de que o difícil é encontrar alguém.
Pra mim, o que acontece é que as pessoas andam tão machucadas pelo mundo atual, que parecem desistir. Andam se sentindo tão negligenciadas pelo mundo exterior, tão abandonadas por aquela sensação de alegria, que se escondem dentro de si mesmas, achando que se primeiro se cuidarem de si, aí sim, estarão prontas para se permitirem estarem (e não se entregarem) para o outro.
Mas não. O risco que corremos é o de, por causa de um ou de uma idiota, não nos estragarmos para quem nos mereça, nem nos estragarmos para quem está ali, só esperando a chance de nos fazer feliz e nos dando a chance de fazê-los felizes também. Por causa de um “não”, viramos às costas a todos os “sim” da vida e fugimos assustados para baixo da nossa cama, revirando-nos numa dor que não tem que ser nossa... ninguém merece o nosso sofrimento.
Esse papo de que a gente precisa primeiro ficar bem com a gente mesmo e, só depois, partir pra outra, é conversa. Balela de gente medrosa que por medo de sofrer prefere não se apaixonar.
Tudo bem que a gente é gente e gente tem medo. É normal. Mas não é bom. O problema é que, ao fim de uma relação, ao tempo seguinte de uma experiência ruim, a dor passa a ser a lembrança mais recente que a daquele começo gostoso (e que é sempre gostoso!) do início de se apaixonar.
Basta que nos apeguemos à nossa própria experiência de saber que o fim de um amor não é o fim de uma vida e que se um sonho não vai seguir até que se realize, basta que voltemos a sonhar e comecemos outros. Sonhar acordado com a felicidade também é uma forma de ser feliz.
Não precisamos lembrar de como éramos felizes com aquele/aquela que não souberam ou não entenderam a sorte de nos ter. Não precisamos lembrá-los doces. Olhemos para eles como os que não tiveram a chance de aproveitar a nossa melhor fase e prossigamos sem medo pra ela. Vamos à diante. Sorriremos e seremos felizes.
E, cá entre nós: se você fizer o que é importante pra você, mesmo que pensando também no outro, a consequência será aquilo que for melhor pra você, ainda que, muitas vezes, o melhor seja esse outro (estúpido?) bem longe de você.

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