terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013: o ano novo e a oportunidade das novidades que fazemos por nós




Ter estabelecido o costume de escrever um texto de fim de ano aqui no blog desde o seu primeiro ano (2009), acabou sendo um hábito saudável, já que me exige passar em revista o ano que se encerra.
Sempre digo que não vejo virada de ano como uma oportunidade de mudança diferente do que qualquer outra virada de um dia para o outro. O tempo é nosso e a única certeza que nos traz é a de que não para e, se o dividimos em frações, é para um controle que se quer que conforte, mas que não oferece muito mais além da angústia de se saber que a soma de hoje é menos do que será na hora seguinte.
Tudo bem que olhar para trás pode fazer com que se perca o bom caminho que se anda (ou deveria se andar) pra frente mas, ainda assim, se nosso tempo é dividido, fracionado e contado da forma que é, é importante que avaliemos o que fizemos e o que, disso que fizemos, trará algum fruto bom para o que ainda viveremos. Ora, insistir no que não nos leva à diante, repetir o que nos tomou o tempo que não nos voltará e nem nos somará no resultado final da nossa vida, é lutar contra nós mesmos. Daí que me parece sem qualquer propósito que as pessoas comemorem o novo ano como uma nova oportunidade, sem que queiram ser a outra pessoa que lhes será melhor.
Ainda assim, penso que o saldo do meu ano de 2013 é mais do que positivo. Tive tristezas, alguns princípios de decepção no início do ano, mas que viraram alento no seu final. Senti falta de muita gente, reencontrei algumas no caminho e conheci outras que chacoalharam meus dias e mudaram radicalmente meu destino daqui pra frente... e da melhor forma possível.
Em 2013 ir à igreja virou regra e não mais a exceção dos últimos anos. E isso tem me feito bem e muito graças a uma viagem a São Paulo e a visita a uma amiga querida que encontrei na sua igreja. De volta pra Rondônia, logo no primeiro domingo e a vontade de ir à igreja de novo e nunca imaginaria que essa ida mudaria a minha vida. Lá encontraria quem me veria primeiro, saberia de mim e surgiria na minha vida com uma elegância quase nada discreta. Chegou "me lendo" e depois perguntando, perguntando, tentando conhecer. Depois foi deixando pra lá, meio que fugindo e fingindo não querer. Mas ao alcance de um chamado e de um primeiro oi - após a gentileza dela - que me fez querer saber dela o tanto que ela parecia - no início - querer saber de mim.
À essa altura o ano já tinha me levado pessoas e me trazido outras que foram importantes no cenário de um ano que no seu início parecia melancólico, mas que no seu meio já tinha muitas novidades. Liberdade, independência e experiências que me faziam escrever de forma apaixonada as paixões que eu criava, mas das quais sempre fugi. Vivia minhas histórias sem a profundidade que faz com que o tempo se acumule ao invés do fim inevitável de um começo que nunca passará para além. Mas cada visita recebida nesse instante do meu ano, foi  surpresa mais que bem-vinda a me fazer esse alguém pronto a olhar meu 2013 e saber que devo mais é agradecer.
Minha vida que se fazia uma bagunça de sentimentos em sentimentos, de muitos "gostar", muitos quereres e muitos sentir, entrava numa ordem feita por mim para ser de quem queria viver e tenho vivido e desde que surgiu (no último quarto do ano) tem me mostrado que o mais acertado de mim, foi me guardar para ser de verdade de quem não se furta de ser parar mim mais do que eu seria possível experimentar na vida com outro alguém. E que seja mais e para mais e muito mais.
Sou grato a Deus e à vida pelas pessoas que estiveram nos outros anos e ainda estão. Não mantenho por perto e nem dou importância para quem não me é importante. O que seria de mim sem minha analista que me mantém no meu eixo (que nem é tão centrado assim - graças a Deus!)? Ou sem quem me é queria já que me faz confidente e me escuta e torce também? Que bom que tenho essas que também me querem bem.
Sou grato a Deus e à vida pelas pessoas que conheci, pelo trabalho que mais do que emprego, é um trabalho que gosto e pela família que amo e que esse ano cresceu e no próximo continuará crescendo. Tudo vem sendo bom e não tem porque não melhorar já que, como diz a propaganda, se melhorar, melhora!
Um ano, então, se encerra para que outro se inicie e, a partir destes, as pessoas planejam, projetam e sonham, mas quando passa o tempo da festa e a vida volta a ser o que sempre foi, voltam-se as rotinas e tudo que se faria perde para o que será a repetição do que sempre foi. É certo isso? Talvez não, mas o mais importante é que a vida vive e não para de viver.
Ainda assim, as eras em que dividimos nossos dias são propícias a que pensemos e repensemos nossas vidas e o que temos feito ao longo dos instantes em que estamos vivendo. O que será, será e que se é pra ser surpresa, que seja a surpresa que vem daquilo que fazemos e que ousemos fazer então. Façamos... amor (e guerra se preciso), escolhas, o futuro nosso de cada um. Mas façamos, porque viver é fazer e fazer é viver... vivamos o 2014 para que seja melhor do que todos que passaram foram e todos os próximos sejam melhores ainda. FELIZ ANO NOVO!!!

Nenhum comentário: