quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Reflexão e Gratidão no dia do aniversário


Que diremos, pois, a estas coisas?
Se Deus é por nós, quem será contra nós?
(Romanos 8:31)

A certa altura dessa madrugada em que eu completo mais um aniversário, senti-me impelido – como a uma obrigação – a fazer o que chegou até ser uma rotina a um tempo no ano passado, mas que esse ano ainda não havia feito: tal qual ensinado por Jesus em Mateus, fechei a porta do meu quarto, dobrei meus joelhos e falei com Deus. Em princípio a intenção era só agradecer por tudo. Se tem uma convicção que ninguém me tira é que se ainda estou nesse mundo, se completo mais um aniversário, se estou e posso ficar em pé e me sentindo livre de maiores culpas, é porque Deus me sustentou até aqui. Em razão disso, fiz questão de me prostrar diante de quem sei que é maior do que eu para lhe agradecer por ter me cuidado, mesmo quando eu descuidava dEle e não lhe queria dar qualquer atenção.
Antes, na noite de véspera, participei de um “culto de ensino” onde realmente aprendi. Há tempos vinha alimentando meus próprios rancores a respeito do que não me convém tomar qualquer partido e isso vinha afetando não só a minha comunhão com quem está acima de mim e com os que estão em volta de mim, como também de mim para comigo mesmo. De repente, sem que tivesse razão para isso, me vi lamentando minha própria vida, dissociado que me pus do que realmente seria capaz de saciar minha sede de vida.
Enfim, enquanto agradecia a Deus por tudo quanto tenho e por todos que fazer ou fizeram parte da minha vida, desde amigos e colegas da infância cada vez mais distante, até os que se aproximaram nos anos mais próximos, enquanto agradecia e pedia pela vida do pastor que tanto prazer tenho em voltar a respeitar (enquanto instituição) e enquanto era grato pela família que tenho e por quem sempre peço proteção – e nisso fui até o tronco mais distante da minha genealogia –, fui dando conta de que, muito embora ainda tenha sonhos que se realizarão, tenho muito do que me sentir satisfeito. E se assim afirmo, o faço porque trabalho no que gosto e me sinto respeitado e reconhecido por isso, compro o que preciso e muitas vezes até mais do que preciso e posso pagar pelo que compro. Tenho pessoas que gostam de mim e gosto de gostar delas e o que mais eu poderia querer ter?
Na medida em que falava com Deus, podia sentir que apesar da atual falta de costume, Ele também tinha o que falar comigo e daí, coisa que pouco faço, mas que minha fé me permite fazer, sem qualquer razão especial, coloco três Bíblias sobre a minha cama e peço, então, para que ao abri-las, achasse ali uma mensagem que, vinda de Deus para mim, alegrasse o meu coração tão carregado, no entendimento que me viria da Sua vontade. Das três mensagens bem entendidas, a que trago e destaco nesse texto foi a que se abriu no capítulo 18 do livro de Jeremias. Essa passagem é bastante conhecida dos que tem por hábito a leitura da bíblia e se refere a uma ordem dada por Deus ao profeta e que este descesse até a casa do oleiro e observasse que enquanto esse oleiro fazia um vaso de barro, esse vaso se quebrou em suas mãos, o que levou o oleiro a fazer dele um outro vaso conforme lhe pareceu bem aos seus olhos. E, tendo isso sido visto pelo profeta, Deus pergunta à Israel: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel”.
O recado me pareceu claro e meu coração se exultou. Oxalá seja Deus sempre o oleiro do barro que é minha vida, e me faça e me refaça sempre à sua vontade. É claro que sei que fazer um novo vaso no lugar do que se quebrou não é um processo indolor. O vaso quebrado precisa ser lançado de volta à fornalha quente para que o barro possa ser remodelado, mas quem poderá se queixar de passar pelo fogo que vem de Deus, Ele querendo te fazer melhor para uma vida que lhe agrade.
Quando chego num estágio da minha vida em que percebo que minha gratidão a Deus, não só pelo que me fez na minha vida, mas pelo que fez e faz por minha vida (aqui entenda, ter enviado Jesus Cristo para morrer pelos meus pecados e os pecados de todos nós), não posso temer me colocar nas mãos de Deus, seja para o que Ele quiser. Ele não me quererá mal e nem o mau. Antes, digo como disse Davi quando instado a escolher qual tratamento receberia de Deus pelo orgulho que se assomou ao seu coração e ele, Davi, respondeu: “...caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu. (2 Samuel 24:14).
Meu coração deseja, com sinceridade, que todos se permitissem a prova de cair nas mãos do Senhor e gozarem de sua misericórdia. Porque eu sei, de mim, o quanto dependo delas. Sei dos meus muitos pecados nesses 29 anos e penso que talvez não tenham sido ainda nem a metade do que ainda tenho pra pecar nos muitos anos que espero que Deus me tenha reservado, porque a nossa natureza – humana – é de pecar. Não tenho medo do pecado, porque sei que acho perdão na misericórdia de Deus, meu medo é viver no pecado e nele achar prazer. Antes, quero meu prazer na palavra de Deus revelada ao mundo e que muitos teimam em crer que foi alterada pelos homens, sem que entendam que esse Deus, que é grande, é todo-poderoso para preservar o que lhe é caro da intenção de quem quer que seja.
Por fim, após orar tomei a bíblia e me pus a ler o Evangelho de João a partir de seu início, um desejo antigo do meu coração. A medida que o lia, e não o li por inteiro porque a madrugada avançava e meu dia começaria bastante cedo, meu coração foi se enchendo de alegria ao ler as palavras desse Jesus que me guarda e guarda a ti também, te esperando que lhe busque e lhe dê uma chance. Foi então que a certa altura me deparo com a passagem conhecida em que Jesus se revela o Cristo a uma mulher samaritana e lhe afirma . Essa mulher, diante dos sinais de Cristo, correu à cidade e o anunciou aos demais samaritanos que aceitaram a palavra dela e foram ouvir a Jesus e acreditaram em Jesus e disseram: “Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo. (João 4:42).
Deixo um convite. Ouça você também o que Ele tem pra ti.

Um comentário:

Anônimo disse...

Menino que brinca com as palavras...e através de seus escritos encanta as pessoas e sinda leva a mensagen de Jesus.Como diria minha filha "agora vc deitou e rolou". Parabens. Vc sem querer trouxe a mim o entendimento da palavra do 'oleiro' que um dia também busquei e não tive entenfimento naquele momento...obrigado.